O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse nesta quinta-feira, 4, que a presidente Dilma Rousseff deu sinal verde para a negociação de um empréstimo com bancos públicos para solucionar uma dívida de R$ 2,5 bilhões das distribuidoras de energia. Braga voltou nesta noite de uma reunião com a presidente Dilma e disse que um novo encontro será marcada na segunda-feira para discutir o assunto.
“A presidente Dilma deu sinal verde para que possamos avançar nos estudos”, afirmou. “Ela está absolutamente informada sobre o tema, é um tema que ela domina”, acrescentou. Até lá, os bancos públicos, como Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Caixa e Banco do Brasil serão consultados sobre a possibilidade do empréstimo, disse o ministro.
O ministro admitiu que um reajuste extraordinário pode ter um grande impacto na inflação, mas disse que o Banco Central (BC) ainda não foi consultado sobre o assunto. “Nós ainda não discutimos qual será o cenário. Quando isso for definido, vamos conversar com a área pertinente. Aí, cabe ao ministro (Joaquim) Levy fazer essa conversa”, disse.
Braga disse ainda que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não é contra o empréstimo, mas favorável a uma reestruturação das tarifas de energia e do fundo setorial que banca o desconto na conta de luz, a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Há dois anos, o fundo depende de aportes bilionários do Tesouro, política que Levy pretende reduzir. “Estamos ajustando conceitos. Cada ministro defende o Tesouro e o superávit primário, e nós defendemos os subsídios não aleatórios”, afirmou.
Braga disse ser favorável à manutenção de subsídios como a tarifa da baixa renda e o programa Luz para Todos. “Acho que alguns desses subsídios são necessários para o Brasil”, afirmou.