Educação

Reitor da Unifesp diz que alunos que causaram confusão são minoria

"Foi uma assembléia com 150 estudantes. Quando terminou, esse grupo de 25 ou 26 pessoas voltou e entrou gritando e depredando" segundo reitor

O reitor da Universidade de São Paulo (Unifesp), Walter Manna Albertoni e o diretor acadêmico do campus de Guarulhos, Marcos Cezar de Freitas, concederam entrevista coletiva na tarde de ontem, em São Paulo, para falar dos fatos que levaram a prisão de 25 alunos na noite da última quinta-feira, dia 14, no campus da universidade no Piemntas. "Os alunos detidos representam uma minoria da minoria", destacou o reitor.

Conforme Albertoni, os alunos realizaram uma assembléia que reuniu estudantes dos seis campi da Unifesp em todo o estado. "Foi uma assembléia com 150 estudantes. Quando terminou, esse grupo de 25 ou 26 pessoas voltou e entrou gritando e depredando", afirmou o reitor.

O reitor da Unifesp disse também que a reivindicação dos alunos é legitima e que a infra-estrutura do campus de Guarulhos não é a ideal para atender a demanda da própria comunidade e introduzir cursos de humanidades na instituição. Ainda conforme Albertoni, o atraso da licitação das obras em um terreno de 20 mil m2 em frente ao campus está lento pela burocracia do processo licitatório e não por falta de verbas do governo federal.

Durante toda a sexta-feira, 15, um vídeo feito pelos alunos que acabaram detidos mostra os policiais militares no interior do campus após serem acionados por funcionários da universidade. A confusão começou após a detenção de uma aluna pela PM. "A intervenção da PM é horrível, com esses instrumentos que eles usam. Mas não teve como evitar. Houve uma ação agressiva e inesperada (dos alunos), nossa avaliação Foi absolutamente surpreendente e altamente triste", enfatizou.

Para PM, professores foram encurralados pelos estudantes

A Polícia Militar informou em nota que professores e funcionários da Unifesp pediram socorro logo após a invasão violenta dos alunos, com a quebra de janelas, e que o reitor e outros professores ficaram retidos em uma das salas de aula. Ao chegaram para atender a ocorrência, os alunos arremessaram pedras e pedaços de madeira contra a PM, tentando impedir o acesso a um dos prédios onde estavam os professores. Os alunos, ainda, depredaram o patrimônio público e fizeram pichações, conforme a Políca Militar.

A Pm informou também que, para garantir a segurança dos professores, foi necessário o uso de granadas de efeito moral e de munição elastômera ("bala de borracha"). Os alunos foram encaminhados à Superintendência da Polícia Federal (no bairro da Lapa, zona oeste de São Paulo) para a formalização dos registros. Dos 26 alunos detidos 22 eles foram autuados por dano qualificado e formação de quadrilha, 13 deles por constrangimento ilegal e três por pichações.

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