O ex-policial Derek Chauvin foi considerado culpado pela morte de George Floyd. O júri anunciou seu veredicto na tarde desta terça-feira, 20.
A decisão foi tomada após 10 horas de deliberações, iniciadas na segunda-feira, 19. Chauvin respondia a acusações de homicídio culposo em segundo grau, homicídio em terceiro grau e homicídio em segundo grau.
A acusação mais grave, homicídio em segundo grau, pode levar a uma pena de até 40 anos de prisão, embora em casos envolvendo réus primários, como Chauvin, a pena costume ficar entre dez e 15 anos de prisão. O crime de homicídio em terceiro grau tem uma pena máxima de 25 anos, e a menos grave das acusações prevê um máximo de dez anos de prisão.
O júri foi composto por seis brancos, seis negros e duas pessoas multirraciais. O veredicto foi anunciado após 10 horas de deliberações, iniciadas na segunda-feira, 19, e terminadas no início da tarde desta terça.
Floyd morreu em maio passado depois que Chauvin, um então policial de 45 anos, o asfixiou segurando o joelho em seu pescoço por mais de 9 minutos. Floyd reclamou que não conseguia respirar e testemunhas pediram, sem sucesso, para que o policial o soltasse. A morte de Floyd gerou protestos em massa nos EUA e em todo o mundo.
O veredicto chega em meio a um momento de tensão na cidade, que teme uma agitação como a que eclodiu na primavera passada. O tribunal foi cercado por barreiras de concreto e arame farpado, e milhares de soldados da Guarda Nacional e policiais foram trazidos para a cidade antes do veredicto. Algumas portas de empresas foram fechadas com tábuas de compensado.
Mais cedo, o presidente Joe Biden afirmou ter conversado com a família de Floyd na segunda-feira. "Só posso imaginar a pressão e ansiedade que eles estão sentindo", disse.
"Eles são uma boa família e clamam por paz e tranquilidade, não importa qual seja o veredicto", disse Biden. "Estou rezando para que o veredicto seja certo. Acho que é esmagador, na minha opinião." (Com agências internacionais)