A geração líquida de empregos formais em agosto foi de 101.425 vagas, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta quinta-feira, 11, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O saldo do mês passado é resultado de 1.748.818 admissões e de 1.647.393 demissões. No acumulado do ano até agosto, houve criação líquida de empregos formais de 751.456 vagas.
O resultado de agosto ficou acima da mediana das estimativas coletadas pelo AE Projeções, de criação de 71.500 postos de trabalho, e acima também do intervalo das previsões, que iam de 60.000 a 94.500 vagas.
Apesar de ter superado as expectativas dos analistas do mercado, o resultado ficou abaixo do registrado no ano passado. A geração de empregos no mês passado foi 37,45% menor do que em agosto de 2013, quando ficou em 162.160 pela série ajustada. Já pela série sem ajuste, houve queda de 20,54% na comparação com o mesmo mês de 2013, quando o volume de vagas criadas foi de 127.648. A série sem ajuste considera apenas o envio de dados pelas empresas dentro do prazo determinado pelo MTE. Após esse período há um ajuste da série histórica, quando as empregadoras enviam as informações atualizadas para o governo.
Em julho, a geração de empregos no Brasil registrou o pior resultado para o mês desde 1999. No mês, foram criados 11.796 postos, o que representou uma queda de 71,55% frente a julho do ano passado. Na ocasião em que comentou esse resultado, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse que o quadro iria melhorar nos meses seguintes. “Chegamos ao fundo do poço, agora vamos continuar recuperando a geração de emprego”, previu. “Historicamente, agosto e setembro são bons para geração de emprego.”
Neste mês, a divulgação dos dados de emprego ocorreu mais cedo, no 11º dia do mês. Pelo menos nos últimos 12 meses, em nenhuma ocasião o resultado do Caged foi divulgado antes do dia 16. Em agosto, a divulgação dos dados de julho ocorreu no dia 21. Em setembro do ano passado, o resultado do mês de agosto de 2013 foi publicado no dia 20.