O ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa defendeu na tarde desta segunda-feira, 15, ajustes em termos de receitas, despesas e custo financeiro para levar o superávit fiscal primário para uma faixa entre 2% e 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) ao longo do próximo governo. Barbosa defende a recomposição de receitas feitas por meio de desonerações tributárias, menos gastos com subvenções para reduzir as despesas e menos gastos financeiros.
Nas subvenções entram gastos com o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), com a desoneração da folha de pagamentos e com o setor elétrico. “A redução de subvenções é uma fonte importante de economia pelo lado das despesas”, afirmou Barbosa durante o Seminário de Análise Conjuntural do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
Para reduzir o custo financeiro das contas públicas, segundo Barbosa, é necessário reduzir a taxa de juros implícita da dívida pública por meio de medidas para diminuir o custo de carregamento das dívidas dos bancos públicos com o Tesouro Nacional.
Em suma, o ajuste fiscal viria “metade da liberalização de preços, uma parte com despesa e uma parte com financeiro, reduzindo a taxa implícita com redução de empréstimos para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)”.