Seis funcionários da Elclabrás, empresa prestadora de serviços para o governo estadual, afirmam ter sido alvo de roubo e sequestro. Segundo o relato das vítimas, pelo menos oito criminosos participaram do roubo de dois caminhões munck da empresa e, em seguida, mantiveram o grupo refém em local desconhecido desde a noite da última quarta-feira até as 10h desta quinta-feira.
De acordo com o motorista Edvair de Melo Silva, 44 anos, por volta das 21h15 de quarta-feira, ele e outros cinco colegas de trabalho finalizaram a construção de uma quadra da Escola Estadual Augustinho Cano, no Jardim Nova Cidade. Eles pretendiam ir ao o posto Sakamoto, na rodovia Dutra, para jantar e partir para outros pontos de trabalho quando foram rendidos por um grupo de oito homens armados. Todos aparentavam ter entre 30 e 35 anos de idade, afirmou a vítima.
O objetivo dos suspeitos, diz Silva, seriam os dois caminhões munck (um Ford Cargo e Volkswagen Constelation) da empresa. "Devem valer cerca de R$300 mil cada um. Acho que eles ficaram de olho na gente o dia inteiro", relatou o motorista Juliano de Oliveira, 29, que conduzia um dos veículos.
Metade dos criminosos teria sido encarregada de pegar os caminhões e ido embora enquanto a outra teve a função de levar os reféns para um cativeiro. As vítimas declaram que foram colocadas em uma Kombi que circulou por aproximadamente 30 minutos até chegarem ao local.
Assim que chegaram ao lugar, os quatro suspeitos da abordagem inicial passaram a guarda dos reféns para outros sete homens que já estavam na casa. "Esses outros eram bem mais novos, aparentavam ter de 17 a 22 anos, no máximo", detalhou Silva.
Os reféns afirma que permaneceram sentados e de cabeça baixa dentro de um cômodo de aproximadamente 3m x 4m até a manhã seguinte, quando os criminosos começaram a planejar a libertação das vítimas. Antes de sair, os reféns foram alimentados com pães, pois reclamaram que não comiam desde a tarde do dia anterior.
Por volta das 10h, o seis reféns foram libertados na avenida São Miguel, em Bonsucesso. Eles pediram ajuda a familiares que moram na região e foram conduzidos até o 4° Distrito Policial para registrar o crime.
