Economia

Descolada de NY, Bovespa tem pregão de recuperação e sobe 0,57%

A Bovespa encontrou espaço nesta terça-feira, 31, para a recuperação de parte das perdas da véspera, na contramão das perdas dos índices acionários dos Estados Unidos e Europa, que operaram às voltas com incertezas quanto ao governo Donald Trump. Depois da queda de 2,62% da véspera, hoje o Índice Bovespa teve valorização de 0,57%, aos 64.670,78 pontos. No acumulado de janeiro, o índice teve ganho de 7,38% em reais e de 10,85% em dólares.

“A bolsa operou hoje na contramão dos demais mercados, mas foi uma alta pouco convincente, até porque o volume negociado não foi muito forte (R$ 6,4 bilhões)”, disse Ignácio Crespo, economista da Guide Investimentos. “Não foi um dia muito claro para o mercado de ações, uma vez que houve sinais de aumento da percepção de risco dos emergentes, como o avanço do CDS brasileiro”, afirmou.

A alta do dia na Bovespa foi garantida por algumas das “blue chips” do mercado e por papéis do setor imobiliário. Apoiada no aumento das cotações do petróleo, as ações da Petrobras avançaram 0,31% (ON) e 1,21% (PN). As da Vale continuaram a operar sem a referência dos preços do minério de ferro no mercado da China, que segue fechado com o feriado de ano-novo. Assim, Vale PNA teve ganho de 0,36%, enquanto Vale ON recuou 0,22%.

A maior valorização do dia ficou com BR Malls ON, que avançou 7,71% influenciada por dados positivos do setor de shopping centers. Já Fibria ON liderou as perdas, com -7,06%, após ter divulgado balanço do quarto trimestre de 2016. O resultado trimestral mostrou uma reversão de lucro de R$ 910 milhões no terceiro trimestre de 2015 para um prejuízo de R$ 92 bilhões agora. Cielo ON recuou 0,86%, refletindo também um balanço considerado mais fraco.

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