Economia

Com favoritismo confirmado de Bolsonaro e exterior positivo, Ibovespa sobe

O Ibovespa abriu em firme alta e aproxima-se dos 85 mil pontos com apoio das ações do chamado kit eleições. A consolidação do favoritismo do candidato Jair Bolsonaro (PSL), dada a confirmação pelo Ibope na segunda-feira, 15, do cenário traçado pela última pesquisa Datafolha, colabora para o desempenho dos ativos domésticos, assim como o comportamento dos índices acionários no exterior e de moedas emergentes. Desde a abertura da sessão, o dólar perde valor ante o real, e as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) estão em queda.

“O mercado está precificando a vitória do Bolsonaro”, afirmou um operador do mercado de ações. “Depois o mercado vai acordar para ver o que está acontecendo”, ponderou o profissional.

Na mesma linha, os analistas da consultoria Eurasia escreveram no Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado): “Uma virada parece muito improvável, dependendo de alguma grande surpresa na reta final da campanha. (…) A atenção agora está cada vez mais voltada para o começo da eventual Presidência de Bolsonaro. Sempre há um período de lua de mel entre o presidente eleito e seus apoiadores: mas, depois que a festa acabar, quais as chances de o governo e o Congresso aprovarem as reformas econômicas tanto ansiadas pelo mercado?”

Entre os papéis do “kit eleições”, os destaques eram Banco do Brasil ON (+2,60%) e Eletrobras ON (+3,53%) e PNB (+2,57%) às 10h31. Nesse horário, o Ibovespa subia 1,51% e marcava nova máxima aos 84.621 pontos. “A Eletrobras ainda reage à possibilidade de o eventual ministro da Fazenda e do Planejamento, Paulo Guedes privatizar parte da geração da elétrica”, afirmou o profissional.

Às 10h30, o mercado de ações à vista em Nova York iniciou os negócios em alta, puxado pelo resultado melhor que previsto de grandes bancos – como Goldman Sachs e Morgan Stanley.

Esperado pelos analistas do mercado americano, o desempenho da produção industrial nos Estados Unidos veio melhor que previsto. A indústria americana teve alta de 0,3% em setembro em relação a agosto, divulgou nesta terça-feira, 16, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). As projeções de analistas consultados pelo The Wall Street Journal eram de 0,2%.

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