A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) subiu para 46,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em janeiro, ante 46,0% de dezembro (dado revisado). A dívida do Governo Central, governos regionais e empresas estatais terminou o mês passado em R$ 2,928 trilhões. As informações, divulgadas nesta sexta-feira, 24, são do Banco Central. A instituição previa que a relação da DLSP com o PIB chegaria exatamente em 46,4% em janeiro.
Já a dívida bruta do governo geral encerrou o mês passado em R$ 4,399 trilhões, o que representou 69,7% do PIB. Em dezembro, essa relação estava em 69,6% (dado revisado) e a previsão do BC para o resultado do mês passado era de uma taxa de 70,2%. No melhor momento da série histórica, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,69% do PIB.
A dívida bruta do governo é uma das principais referências para avaliação, por parte das agências globais de rating, da capacidade de solvência do País. Atualmente, um dos focos das agências é o andamento das reformas fiscais.
De acordo com o BC, a elevação na relação de dívida líquida/PIB em janeiro foi decorrente da incorporação de juros nominais (aumento de 0,6 pp), da valorização cambial de 4,1% no mês (aumento de 0,6 pp do PIB), do superávit primário (redução de 0,6 pp), do ajuste de paridade da cesta de moedas da dívida externa líquida (redução de 0,1 pp) e do efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 0,2 pp).
A projeção do Banco Central é de que a dívida bruta vai atingir 76,9% do PIB em 2017. Já a previsão para a dívida líquida é de 52,5% do PIB.