Economia

Rabello diz que não houve discussão recente sobre devolução ao Tesouro

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, reafirmou nesta segunda-feira, 18, que a instituição de fomento perseguirá a meta de desembolsar R$ 100 bilhões em 2018, diante dos cerca de R$ 72 bilhões previstos para 2017.

Segundo o executivo, a meta não depende das projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano, que tem sido revistas para cima. “Nossa meta é um desafio que a gente se colocou à frente quase que independentemente da meta do PIB porque os investimentos em 2017, no Brasil, continuaram ainda bastante deprimidos. Porcentualmente, a taxa de investimento tem que saltar muito acima da taxa de crescimento do PIB”, afirmou Rabello, ao deixar almoço promovido pelo grupo Lide, no Rio.

O presidente do BNDES evitou correlacionar os desembolsos de 2018 com o processo de devoluções antecipadas da dívida do banco de fomento com o Tesouro Nacional. O Ministério da Fazenda pediu antecipação de R$ 50 bilhões neste ano (já devolvidos) e R$ 130 bilhões em 2018. “Não são R$ 130 bilhões. O governo nos pediu, pela enésima vez eu repito, que avaliasse uma devolução de até R$ 130 bilhões”, disse Rabello.

Segundo o executivo, não houve reuniões recentes com o Tesouro sobre isso. Além disso, o Tribunal de Contas da União (TCU) “dará uma colaboração muito preciosa e bem-vinda” ao processo de devoluções, “porque vai poder sintonizar a devolução às necessidades de cumprimento da missão do BNDES, que é gerar crédito de longo prazo para a indústria e infraestrutura”.

Por isso, Rabello evitou dizer qual valor seria possível devolver em 2018. “Razoável é o que o TCU vai nos ajudar a detectar”, disse o presidente do BNDES, estimando que uma decisão será tomada pelo órgão de controle no início de 2018.

Rabello também negou que a decisão do banco de fomento, de renegociar dívidas com os Estados, tivesse motivação de facilitar as negociações em torno da reforma da Previdência. Segundo o executivo, a renegociação cumpre decisão de lei complementar aprovada para esse fim.

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