Economia

Governo faz aporte para garantir abastecimento de usinas de Angra em 2018

O presidente das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Reinaldo Gonzaga, informou ao Estadão/Broadcast que o governo aportou R$ 190 milhões na empresa nos últimos dias de 2017, para garantir o abastecimento das usinas nucleares Angra 1 e Angra 2. No ano passado, o presidente da Eletronuclear, Leonam Guimarães, alertou para o risco de desabastecimento das usinas se o governo não agisse.

Angra 1 e Angra 2 são responsáveis por 3% da geração de energia do País e são reabastecidas anualmente pelo INB. Angra 1 renova todo ano 44 dos 121 elementos (pastilhas) de urânio utilizados para gerar energia e Angra 2 tem a recarga de 56 dos 193 elementos que utiliza para operar.

Gonzaga explicou que, apesar do aporte do governo, a dívida de R$ 74 milhões com a Eletronuclear prossegue, mas vem sendo paga ao longo do ano e não compromete o abastecimentos das usinas nucleares.

A Indústrias Nucleares do Brasil – S.A (INB) foi fundada em 1988 e incorporou as empresas que faziam parte da Nuclebrás, criada para cumprir o Acordo Nuclear Brasil-Alemanha. Com o objetivo de concentrar todo o ciclo de produção do combustível nuclear – desde a mineração até a montagem e entrega do elemento combustível -, a INB foi idealizada para impulsionar a produção da energia nuclear no País.

Gonzaga informou que o orçamento da INB em 2017 era de R$ 1,2 bilhão, mas o contingenciamento reduziu esse montante para R$ 350 milhões, o que inviabilizava a produção dos elementos de urânio.

“Estamos com as recargas garantidas em 2018”, afirmou Gonzaga, estimando a troca de pastilhas da usina Angra 1, em março, e de Angra 2, no final do ano.

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