Internacional

Hong Kong: manifestante tentam invadir Legislativo

As tensões se elevaram entre policiais e manifestantes em Hong Kong, quando um pequeno grupo de ativistas entrou em confronto com as forças de segurança ao tentar entrar no prédio do Legislativo, na manhã desta quarta-feira.

A polícia deteve seis pessoas durante os confrontos, ocorridos durante a noite, e afirmou que mais prisões poderiam ser feitas.

O tumulto aconteceu horas depois de as autoridades terem colocado em prática uma ordem judicial para a retirada de algumas barricadas de uma pequena parte de um local próximo, ocupado por ativistas pró-democracia.

Os confrontos destacam a crescente frustração dos manifestantes, que pedem a realização de eleições livres no território chinês semiautônomo há mais de 50 dias.

Os líderes manifestantes condenaram a violência. Aparentemente, o grupo que tentou invadir o local foi convocado por meio de um fórum na internet,conhecido por atrair pessoas com opiniões radicais. Mas a liderança também responsabilizou o governo de Hong Kong por irritar os manifestantes e por não responder às suas demandas.

Os manifestantes usaram cercas de metal e pedaços de concreto para quebrar as portas de vidro do prédio do Legislativo antes de a polícia usar spray de pimenta, cassetetes e escudos para retirá-los do local

O advogado pró-democracia Fernando Cheung tentou intervir, mas foi expulso pelos manifestantes.

“Não podemos concordar com as razões para adotar esta ação”, disse Joshua Wong, de 18 anos, líder do Scholarism, um dos dois grupos estudantis que lideram os protestos.

O Occupy Central, um terceiro grupo envolvido na organização dos protestos, disse que os responsáveis pela violência enganaram a multidão, incentivando-a a atacar o prédio, ao divulgar “informações falsas”. Havia rumores de que os membros do Legislativo aprovariam um projeto de lei que poderia restringir a liberdade na internet, mas na verdade o projeto ainda está em discussão.

Os manifestantes rejeitam as restrições apresentadas por Pequim para as primeiras eleições diretas em Hong Kong, em 2017, que escolherão o principal líder do território. O governo central chinês exige que todos os candidatos sejam aprovados por Pequim, enquanto os manifestantes querem que qualquer pessoa possa se candidatar. Fonte: Associated Press.

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