Internacional

Iraque pede mais ajuda dos EUA contra Estado Islâmico

O primeiro-ministro do Iraque, Haider Al-Abadi, afirmou nesta terça-feira que o Exército iraquiano tem a iniciativa no combate às forças do grupo extremista Estado Islâmico, mas necessita que os Estados Unidos contribuam com mais suporte aéreo e armamento pesado.

Al-Abadi se encontrou hoje com o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, que está no país em visita aos soldados norte-americanos. Segundo o primeiro-ministro, os extremistas “estão em declínio” no momento, e suas capacidades estão enfraquecidas. “Somos gratos ao apoio que nos é oferecido. Nossas tropas estão ganhando terreno. Mas eles precisam de mais suporte aéreo e mais armamento pesado”, disse.

Questionado sobre os pedidos de Al-Abadi, Hagel evitou uma resposta mais conclusiva sobre o assunto. Oficiais norte-americanos, entretanto, afirmaram que a maior necessidade do Iraque é um comando militar competente, e não de mais armas.

Al-Abadi afirmou que os extremistas adquiriram enormes quantidades de armamento e que têm liberdade de trânsito na fronteira do país com a Síria. A afirmação foi contestada por oficiais norte-americanos. Para eles, a capacidade do grupo de reabastecer seus combatentes foi seriamente reprimida pelos ataques aéreos.

Hagel afirmou depois do encontro que deixa o Iraque encorajado pelos esforços do governo local na unificação do país. “Como sabem os líderes e o povo iraquiano, apenas eles podem trazer uma paz duradoura a seu país”, disse.

O secretário de defesa afirmou que os militares iraquianos devem conduzir operações de contraofensiva maiores nos próximos meses. Ele também defendeu os meses de ataques aéreos a posições dos extremistas, afirmando que elas estão frustrando “a capacidade dos rebeldes de manobrar, comunicar e coordenar suas forças, assim como de se manterem reabastecidos”.

Esta deve ser a última viagem ao exterior de Hagel enquanto chefe do Pentágono. Ele é o primeiro secretário de Defesa norte-americano a visitar o país desde Leon Panetta, que esteve no Iraque em 2011 para celebrar o fim da intervenção militar dos EUA.

Os Estados Unidos estão comprometidos em ajudar o Iraque a recuperar seu território dos avanços do Estado Islâmico. O presidente Barack Obama, entretanto, vetou a participação de tropas americanas nos combates terrestres. Ele afirmou que uma solução duradoura para o conflito só pode ser alcançada por um governo iraquiano novo e unificado.

No auge das ações militares norte-americanas no país, os EUA mantinham cerca de 170 mil soldados em terra. Hoje, são cerca de 1.650. Fonte: Associated Press.

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