Internacional

Militantes curdos reivindicam ataque na Turquia que matou 11 pessoas

Os militantes curdos reivindicaram neste domingo a responsabilidade por um atentado com carro-bomba que atingiu uma delegacia de polícia na Turquia na última sexta-feira, quando os principais legisladores curdos do país suspenderam a participação no parlamento, preparando o cenário para mais violência em resposta a uma ampla repressão do governo contra a dissidência.

Um grupo curdo do Curdistão, o Kurdistan Freedom Hawks, conhecido como TAK, disse que realizou o ataque, que matou pelo menos 11 pessoas perto de um complexo policial em Diyarbakir, a capital curda no sudeste da Turquia.

O ato ocorreu quando o segundo maior partido de oposição da Turquia disse que suspendia o trabalho no Parlamento para protestar contra a prisão de seus líderes por supostas ligações a militantes curdos.

O Partido Democrático dos Povos, conhecido por suas iniciais HDP, o grupo pró-curdo que se opôs à candidatura do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, para mais poder político, disse que seus legisladores não tomarão parte em sessões legislativas enquanto seus líderes consideram retirar-se inteiramente do parlamento.

A Turquia criticou a detenção de Selahattin Demirtas e Figen Yuksekdag, líderes do HDP, que foram acusados de ligações ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), o grupo militante que passou mais de três décadas lutando por mais autonomia na Turquia e mais direitos. Os legisladores eleitos rejeitaram as alegações e trabalharam para dar à minoria curda do país uma maior voz política na capital, Ancara.

Na sexta-feira, horas depois que vários líderes do HDP foram detidos, um carro-bomba matou 11 pessoas e feriu dezenas de pessoas fora de um quartel-general de segurança em Diyarbakir, a maior cidade de maioria curda do país, onde Demirtas vive e foi detido. As autoridades turcas culparam imediatamente o PKK, o grupo classificado como uma organização terrorista pela Turquia. O PKK realizou ataques semelhantes em toda a Turquia no ano passado, mas o fato de que vários políticos curdos estavam no edifício atingido pela explosão levantou questões sobre quem estava por trás do ataque. Fonte: Dow Jones Newswires.

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