Internacional

Senador dos EUA aguarda sinal de Trump sobre projeto bipartidário para saúde

O líder da maioria no Senado dos Estados Unidos, o republicano Mitch McConnell, disse neste domingo que está disposto a levar ao plenário um projeto bipartidário para o sistema de saúde caso a proposta tenha claro apoio do presidente Donald Trump. A proposta de dois senadores – o republicano Lamar Alexander, do Tennessee, e a democrata Patty Murray, de Washington – estenderia por dois anos os subsídios federais às seguradoras e ajudaria os cidadãos de baixa renda a conseguir cobertura médica. Esses subsídios foram cortados pelo governo de Trump. No entanto, o presidente vem enviando sinais contraditórios, ora elogiando o projeto, ora criticando os esforços, confundindo tanto democratas quanto republicanos.

McConnell disse estar esperando “para ouvir do presidente Trump que tipo de lei de saúde ele aprovaria”.

“Ainda não tenho certeza do que o presidente está buscando, mas estou disposto a levar o projeto ao plenário se souber que o presidente Trump vai sancioná-lo”, disse McConnell no programa “State of the Union”, da CNN. “Acho que ele ainda não tomou uma decisão final”, acrescentou.

O projeto, anunciado na semana passada, deve ter 60 votos no Senado, a maioria de democratas. O líder da minoria na Casa, Chuck Schumer, pediu neste domingo que McConnell leve a proposta ao plenário “imediatamente, esta semana”.

“Este é um bom acordo”, disse Schumer no programa “Meet the Press”, da NBC. Ele acredita que o projeto seria aprovado “por uma larga margem de votos” e que o presidente acabaria sancionando a proposta para não ser responsabilizado por um aumento dos prêmios de seguros de saúde.

Inicialmente, Trump sinalizou que apoiaria uma solução temporária, embora ainda tenha esperança de que seja aprovada uma legislação para substituir a lei de saúde de seu antecessor, conhecida como Obamacare. Até agora, os republicanos, que controlam tanto a Câmara dos Representantes como o Senado, não conseguiram fazer isso. No entanto, a Casa Branca disse mais tarde que Trump só assinaria um projeto provisório que também aumentasse as penalidades tributárias que o Obamacare impõe a pessoas que não contratam seguro de saúde e a empregadores que não oferecem planos de saúde a seus funcionários. A Casa Branca também quer disposições que facilitem a contratação de seguros com prêmios mais baixos e menor cobertura. Os principais senadores democratas rejeitam essas demandas.

O diretor de orçamento da Casa Branca, Mick Mulvaney, disse à rede de TV CBS neste domingo que Trump não quer apoiar um plano sem conseguir algo para as pessoas que estão sendo afetadas. “Acho que há uma boa chance de um acordo”, disse. “Mas o projeto Murray-Alexander em sua forma atual provavelmente ainda não é suficiente.” Fonte: Associated Press.

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