Após nove horas de negociações, os líderes da União Europeia aceitaram ajudar os países que se encontram nas fronteiras do continente, sobretudo a Itália, através da redistribuição de parte dos imigrantes resgatados no Mediterrâneo – desde que eles sejam detidos.
Em paralelo, a UE disse que vai criar centros de recepção nos países do norte da África, onde a maioria dos imigrantes resgatados no mar seria enviada de volta. Os centros, chamados de “plataformas de desembarque”, serão administrados em conjunto com agências das Nações Unidas, que vão garantir a segurança deles enquanto aguardam a repatriação ou o reassentamento para os países europeus.
O esforço visa reduzir o fluxo de imigrantes no continente, que tem impulsionado o surgimento e fortalecimento de partidos populistas, sobretudo na Alemanha, em que a chanceler Angela Merkel tem sofrido forte pressão.
“A Itália não está mais sozinha”, disse o primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte ao fim da reunião. O presidente da França, Emmanuel Macron, que desempenho papel fundamental na mediação do acordo, disse que o pacto foi um marco importante.