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Em São Paulo, pós-carnaval terá blocos nas ruas até o dia 11

Mesmo com o fim oficial do carnaval, diversos blocos prolongarão a folia em São Paulo – e deverão atrair o público que perdeu a festa por causa do feriado prolongado. A maior parte desfila no próximo fim de semana, mas a programação se estende até o dia 11 de março – com um megadesfile pelo centro que promete reunir Ritaleena, Esfarrapados e Nós Trupica Mais Não Cai.

Depois de brincar o carnaval em Sorocaba e Itu, os estudantes – e namorados – Gabriel Motta, de 18 anos, e Gabrielle Portásio, de 16, embarcaram no sábado, 25, em um ônibus com destino a São Paulo. “Vamos esticar o carnaval lá, porque a programação dos blocos paulistanos este ano está demais”, disse o jovem. Ele mora em Sorocaba e a garota, na capital. “Tinha poucas opções lá. Então a gente decidiu ir a Itu, onde havia mais blocos de rua.”

Mais e mais. O casal de namorados fica até domingo em São Paulo. “Tem muitas opções e o carnaval paulistano está bombando este ano”, disse a garota. O rapaz, no último ano do ensino médio, acredita que há uma tendência de se prolongar o Carnaval. “Quem estuda, já não tem aula mesmo esta semana, então é uma opção para se divertir um pouco mais.”

Já a cozinheira Maria das Dores Nunes Barbosa, de 48 anos, moradora de São Bernardo do Campo, passou o carnaval no interior, mas de olho nos blocos que vão sair no sábado, 4, e domingo, 5, em São Paulo. “Volto ao trabalho amanhã (quarta-feira, 1º), mas folgo no fim de semana e vou atrás dos blocos. Ninguém me segura”, disse.

Terminou, mas não acabou. E dar opções fora do período momesco já virou até tradição. O bloco Chega Mais desfila há quatro anos, sempre no domingo após o carnaval, de acordo com uma das organizadoras, Camila Rondon, de 37 anos. “O bloco fica animadíssimo, talvez porque seja uma despedida. As pessoas já estão com aquele gosto de saudade.”

O ator Almir Rosa, de 40 anos, um dos organizadores do bloco Unidos do Grande Mel, que também desfilará no domingo, 5, afirma que a data foi escolhida por questões logísticas. “Somos um coletivo e todos trabalham em outros blocos e tocam em festas durante o carnaval”, disse.

“O público realmente abraçou a ideia – no ano passado tivemos 30 mil pessoas”, afirma o empresário Jefferson Rocha, de 32 anos, do bloco Vou de Táxi. Já o Meu Santo É Pop, em seu terceiro ano, pretende reunir 30 mil pessoas na Rua Augusta, segundo uma das organizadoras, a designer Marília Castelli, de 27 anos. “O bloco é assumidamente gay e homenageamos as divas da música pop.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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