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Metrô de SP manda fechar bilheterias e sala de controle durante panes

O Metrô de São Paulo editou norma instruindo que os funcionários da empresa fechem as bilheterias e a SSO, a Sala de Supervisão Operacional, em situações em que seja preciso esvaziar trens parados nas plataformas – quando é detectada alguma falha que atrapalha a operação da rede.

A norma orienta os funcionários a abandonarem seus postos e descerem até a plataforma para ajudar na emergência: os bilheteiros podem fechar as bilheterias, os técnicos podem sair do SSO e os outros funcionários também devem priorizar essa função. O documento diz ainda que o número de catracas de entrada na estação pode ser reduzido.

Segundo o diretor de operações da empresa, Milton Gioia, a medida serve para acelerar essas ações de esvaziamento dos trens. “Em algumas situações, isso demora mais do que a gente espera. O objetivo da empresa é atender bem o usuário e manter a operação”, diz. “Quanto mais rápido o trem é esvaziado, mais rápido pode ser recolhido e liberar o prosseguimento da operação”, explica.

Não é o que argumenta o Sindicato dos Metroviários. Para a entidade, a medida é reflexo da falta de funcionários no quadro da empresa, uma vez que não haveria gente suficiente para agir nessas emergências e manter os demais serviços.

Gioia rebate. “Nós temos 4.153 funcionários operacionais hoje. Nosso déficit de funcionários é menor do que 5%. Às vezes, temos de realocar os funcionários de acordo com nossas necessidades”, afirma.

O Metrô teve duas ocorrências graves no mês passado que envolveram descarrilamento de trens. O primeiro, no dia 7, foi na Linha 3-Vermelha. O segundo, no dia 21, foi na Linha 5-lilás.

O diretor diz que não houve nenhuma ocorrência específica que tenha resultado no diagnóstico de que o esvaziamento de trens deveria ser acelerado. “O Metrô sempre analisa fatos, ocorrências. Essa é uma pequena mudança”, diz.

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