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Tensão é dobrada para corintianos e palmeirenses no Enem

Escrever uma redação e responder a 90 questões de Ciências Humanas e da Natureza em até cinco horas e 30 minutos já seria motivo de tensão mais do que suficiente para os mais de 6,7 milhões de inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que começou neste domingo, 5. A situação é ainda mais intensa, porém, para grande parte dos participantes de São Paulo. A cidade vive um clima de final antecipada com a partida, às 17h, entre Corinthians e Palmeiras, que disputam a liderança do Campeonato Brasileiro.

Dentre as centenas de estudantes que foram prestar o exame na Universidade Paulista (Unip) Vergueiro, alguns fizeram questão de ir até o local de prova vestindo o uniforme de uma das duas equipes. Dentre eles, estava o estudante do terceiro ano do Ensino Médio Vinícius Dagnio, de 17 anos. “Vou tentar não pensar. Se der tempo, depois vou procurar um bar para ver o fim do jogo” diz o garoto, que vestia uma camisa do Palmeiras.

“Estou irado. (O jogo) Poderia começar às 19h”, comenta o também palmeirense Enzo Andrade Baldacci, de 18 anos, aspirante ao curso de Medicina. No ano anterior durante a Fuvest, o garoto já teve de conviver com tensão semelhante em um jogo contra a Chapecoense, partida na qual o Palmeiras se sagrou campeão brasileiro. “Uma hora escutei muito barulho vindo da rua. Daí dei uma desconcentrada, mas tentei ficar sem pensar nisso”, lembra. “Vou tentar ver, mas vai ser difícil: sou meio devagar”, brinca.

Já a corintiana Camila Pires, de 19 anos, disse estar focada na prova. “Se fosse pra sair mais cedo pra ver eu jogo, eu nem viria, estaria em Itaquera agora”, diz a garota que pretende cursar Medicina. A adolescente carregava uma jaqueta do Corinthians, que diz usar quase sempre que tem jogo.

Mais cedo ela havia combinado a ideia com o amigo Rodrigo Manzaro, de 16 anos, que foi com a camisa palmeirense. “Sempre estou com camisa do Palmeiras quando tem jogo, e às vezes até quando não tem”, comenta o jovem, que pretende fazer Engenharia Civil.

Já a estudante do segundo ano Letícia Lourenço, de 16 anos, pretende sair por volta das 16h30, 17h, para pegar o jogo desde o início. Treineira, ela mora próximo do local de prova e já fez Enem no ano anterior. “Vou fazer o máximo que der até essa hora”, diz a palmeirense.

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