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Além da questão física, aspecto psicológico de Neymar será trabalhado na seleção

Os três meses que Neymar ficou afastado dos treinos com bola irão demandar um trabalho minucioso da comissão técnica para que o atacante chegue em sua melhor forma para a Copa do Mundo da Rússia. Além da questão física, Tite e seus companheiros de seleção estão preocupados com outro aspecto: o psicológico. Existe o temor de que o atacante sinta uma pressão muito forte e que isso possa afetar seu desempenho. Clinicamente, os médicos da seleção trabalham com a convicção de que Neymar estará 100% para a estreia.

“O Neymar ficou três meses, mas não é pelos três meses parado que ele vai ser o Neymar excepcional. Vamos criar uma base para que ele possa ganhar de novo aquela confiança. Ele vai subindo gradativamente, sem que absorva uma pressão exagerada quanto ao desempenho”, disse o coordenador de seleções, Edu Gaspar, nesta segunda-feira.

O atacante chegou à Granja Comary, em Teresópolis, por volta do meio-dia. Estava com fones de ouvido e se mostrava à vontade. Mas o próprio Neymar já admitiu que precisa recuperar a confiança. Tite sabe disso e promete ajudar o atacante.

“O Tite vai querer passar que ele (Neymar) tenha segurança de fazer bem os seus treinamentos, fazer bem a sua preparação, para que faça bem o seu primeiro jogo amistoso e que não absorva uma pressão desnecessária. Esse é o objetivo que nós temos com ele. Ele tem que absorver bem os processos”, explicou Gaspar.

Ainda não está definido se o atacante irá a campo na quarta-feira, quando a seleção terá seu primeiro treino com bola na Granja Comary. A tendência, contudo, é de que isso aconteça na quinta ou na sexta-feira.

Na seleção, a comissão técnica trabalha com a convicção de que o atacante estará pronto para estreia na Copa, diante da Suíça, em 17 de junho. Antes, ele deverá participar dos amistosos diante de Croácia e Áustria, mas possivelmente sem jogar o tempo inteiro. Vai depender, além da opção de Tite, das avaliações dos preparadores físicos Fábio Mahseredjan e Ricardo Rosa.

“Eles estão bastante otimistas quanto a recuperação do atleta – até o doutor Rodrigo Lasmar -, quanto a colocá-lo no dia três em boas condições ou em ótimas condições de fazer um período do jogo ou o jogo inteiro”, afirmou Edu Gaspar. “Isso nos traz uma tranquilidade, porque até o dia três e depois até o dia 17, a gente tem bastante dias de evolução, sendo que a gente tem ainda um jogo no dia 10. Levando em consideração o que eles trazem para nós de informação, nos dá a segurança de que ele possa estar 100% já no primeiro jogo do dia 17, em todas as suas condições físicas, clínicas e emocionais.”

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