Em jogo quente, equilibrado e de seis gols, o Atlético de Madrid venceu o Real Madrid por 4 a 2 nesta quarta-feira, na Le Coq Arena, em Tallinn, na Estônia, e sagrou-se campeão da Supercopa da Europa, torneio que opõe o campeão da Liga dos Campeões e o vencedor da Liga Europa da temporada anterior. A partida terminou empatada por 2 a 2 no tempo normal e só foi decidida na prorrogação, com gols de Saúl e Koke.
Com boa parte de seus titulares em campo, os rivais espanhóis protagonizaram um duelo quente e equilibrado. O Atlético contou com atuação inspirada do brasileiro naturalizado espanhol Diego Costa, que mostrou seu faro de artilheiro para marcar os dois gols da equipe no tempo normal, o primeiro deles aos 49 segundos de jogo, e participar do último, na prorrogação.
O Real balançou as redes com Sérgio Ramos, em cobrança de pênalti, e Benzema, em lance de oportunismo, levando a partida para a prorrogação. No tempo extra, o Atlético aproveitou vacilo da zaga do Real para marcar o terceiro gol em lindo chute sem pulo de Saúl, e ainda ampliou o placar com Koke para vencer a partida e faturar o título.
Mesmo vendo seu time ficar em desvantagem no placar por grande parte do jogo e tendo quatro substituições à disposição, o técnico Julen Lopetegui preferiu não apostar no brasileiro Vinicius Junior, que segue, assim, sem estrear em partidas oficiais pelo Real Madrid.
O triunfo na Estônia vinga o Atlético e tira do time o estigma recente de perder finais para o rival, seu algoz nas decisões da Liga dos Campeões nas temporadas 2013/2014 e 2015/2016.
A derrota quebra um série positiva de 13 conquistas do Real Madrid em torneios internacionais. O clube merengue não perdia uma decisão internacional há 18 anos. O último revés havia sido em novembro de 2000, por 2 a 1, para o Boca Juniors, da Argentina, na decisão do Mundial de Clubes.
O resultado negativo também deixa claro que o time agora treinado por Lopetegui, substituto de Zinedine Zidane, terá dificuldades para manter a soberania de conquistas na era pós-Cristiano Ronaldo. Em seu primeiro desafio sem o craque português, que celebrou 15 títulos em sua passagem por Madri, o Real sentiu falta de um jogador decisivo que se acostumou a ter por nove anos.
A partida, como costuma ser quando os dois rivais de Madri se enfrentam, foi quente. Antes do primeiro minuto, o placar já marcava 1 a 0 para o Atlético. Diego Costa, aos 49 segundo de jogo, foi o responsável pelo gol. O brasileiro naturalizado espanhol, ao seu melhor estilo, aliou força e talento para ganhar a disputa de bola e a corrida com os zagueiros e acertar belo chute mesmo sem muito ângulo.
O gol do atacante do Atlético entrou para a história como o mais rápido anotado em qualquer final de competição europeia, superando o tento do italiano Paolo Maldini, marcado na final da Liga dos Campeões de 2005 entre Milan e Liverpool – o jogo foi 3 a 3 no tempo normal, a equipe inglesa levou a melhor nos pênaltis e levantou o troféu.
O Real martelou até chegar ao gol de empate, aos 26 minutos, marcado por Benzema. O francês recebeu cruzamento de Bale e se posicionou entre os zagueiros para cabecear com precisão. Na etapa final, o time merengue conseguiu um pênalti depois da bola bater no braço de Juanfran dentro da área. Sérgio Ramos bateu com categoria e virou o jogo aos 17 minutos.
Aos 33, o matador Diego Costa voltou a entrar em cena. Juanfran se redimiu do pênalti ao roubar a bola de Marcelo e tocar para Corrêa, que cruzou para o centroavante só empurrar para as redes e empatar a partida, que seguiu equilibrada até os minutos finais e sem outros gols.
No tempo extra, o Atlético sobrou física, tática e tecnicamente, e logo definiu a fatura. Saúl, com um lindo sem pulo no ângulo esquerdo superior de Navas, fez o terceiro gol aos sete minutos, e Koke, seis minutos depois, chapou no canto para selar o triunfo na Estônia e dar a taça ao Atlético de Madrid.