O São Paulo venceu a Chapecoense por 2 a 0 neste domingo, no Morumbi, e confirmou a liderança do Campeonato Brasileiro no primeiro turno. O time chegou aos 41 pontos, três a mais que o Internacional, segundo colocado. Restam mais 19 rodadas, mas o feito enche o clube de otimismo, até pela ótima campanha. Já a Chapecoense estacionou nos 21 pontos, em 14º.
Nas últimas três conquistas, em 2006, 2007 e 2008, o time nunca atingiu essa quantidade de pontos no primeiro turno. Na edição de 2006, o tricolor encerrou sua participação na primeira metade do torneio com 38 pontos. No ano seguinte, fez 40. Já em 2008, não terminou o turno na dianteira como nos dois anos anteriores (ficou em quarto) e fez apenas 33 pontos.
Na escalação da partida, o técnico Diego Aguirre surpreender ao deixar no banco de reservas cinco titulares: Anderson Martins, Reinaldo, Hudson, Nenê e Rojas. Ele já havia feito algo parecido na quinta-feira, quando não escalou para começar jogando contra o Colón Sidão, Bruno Peres, Arboleda, Jucilei, Everton e Diego Souza.
Ou seja, ele conseguiu poupar um time inteiro em duas partidas, ciente de que muitos jogadores estão sofrendo desgaste pelo excesso de partidas depois da parada da Copa do Mundo. “Estamos com uma sequência muito grande de jogos. Então fiz umas mudanças, mas faz parte do planejamento”, argumentou.
O torcedor mais pessimista esperava que o time sentisse os desfalques, mas logo aos 2 minutos dois suplentes fizeram a jogada do gol. O lateral Edimar recebeu de Everton na esquerda e cruzou para Shaylon, que entrou no lugar de Nenê, abriu o marcador e fez o Morumbi explodir em festa.
Só que o gol deu uma tranquilidade até certo ponto exagerada para o São Paulo, que diminuiu o ritmo e deixou de levar perigo ao gol de Jandrei. O time corria, disputava as bolas, marcava em cima, mas pouco criava. A sorte é que, do outro lado, a Chapecoense também não conseguia ameaçar o gol do Sidão.
O grande problema da equipe da casa é que os jogadores ofensivos erravam muitos passes ou seguravam demais a bola, dando chance da defesa adversária afastar o perigo. Aos 11, Liziero teve uma chance parecida com o gol que marcou contra o Colón, mas chutou mal. A melhor chance da equipe catarinense veio com Wellington Paulista, já no fim do primeiro tempo, que levou perigo em um chute de primeira.
Na etapa final, a Chapecoense tentou apertar mais, em busca do empate, mas então Aguirre recorreu a titulares no seu banco para não deixar o ritmo do São Paulo cair. Colocou Hudson para controlar o jogo no meio, Rojas para dar velocidade pelo lado direito e pouco depois Nenê, que vem sendo destaque da equipe na temporada.
O duelo ficou um pouco mais aberto, principalmente porque o time catarinense precisava se expor. Mas mesmo assim o São Paulo não abriu mão da solidez defensiva. Com o controle da partida, os donos da casa tocaram a bola e tentaram achar brechas nos contra-ataques.
Foi assim que, aos 37, o tricolor chegou ao segundo gol. Rojas recebeu na direita e cruzou para Hudson, que chegou em velocidade e tocou de primeira. Segundo gol do São Paulo e festa no Morumbi com a torcida gritando “o campeão voltou”.
FICHA TÉCNICA:
SÃO PAULO 2 x 0 CHAPECOENSE
SÃO PAULO – Sidão; Bruno Peres, Arboleda, Bruno Alves e Edimar; Jucilei, Liziero (Hudson), Everton Felipe (Rojas), Shaylon (Nenê) e Everton; Diego Souza. Técnico: Diego Aguirre.
CHAPECOENSE – Jandrei; Eduardo, Rafael Thyere, Douglas e Alan Ruschel; Márcio Araújo, Amaral (Osman), Canteros e Diego Torres (Yann); Bruno Silva (Leandro Pereira) e Wellington Paulista. Técnico: Guto Ferreira.
GOLS – Shaylon, aos 2 minutos do primeiro tempo. Hudson, aos 37 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Bruno Alves, Hudson e Wellington Paulista.
ÁRBITRO – Rafael Traci (PR).
RENDA – R$ 1.348.906,00.
PÚBLICO – 41.075 pagantes.
LOCAL – Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP).