O dólar abriu em alta bastante tênue nesta quarta-feira, 19, e, desde então, alternou os sinais positivo e negativo. Em um intervalo de minutos, marcou máxima em alta e mínima em queda. No cenário doméstico, a incerteza sobre a adesão dos parlamentares da base aliada aos anseios do governo Michel Temer impõe cautela e, em certa medida, paralisa apostas mais firmes dos investidores – seja de compra ou de venda de ativos.
O operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado Neto destaca que a atenção está voltada para a leitura do relatório da reforma da Previdência, que estava marcada para começar às 9h. Por volta das 9h30, assessores da Comissão da Previdência preveem que leitura de parecer não começa antes do meio-dia. Só a partir daí, será possível medir questões importantes como a real contribuição da reforma para o ajuste das contas públicas e também acerca da provável coesão dos aliados em torno da proposta.
Machado Neto observa que o exterior gera uma pressão de alta. “A abertura do dólar foi alinhada ao exterior”, diz. O petróleo, que subia mais cedo, passou a exibir sinais mistos nos principais mercados futuros (NY e Londres). Além disso, o dólar segue com sinal positivo perante a maioria das moedas emergentes e pares de países desenvolvidos.
Às 9h21 desta quarta, o dólar à vista tinha alta de 0,15%, depois de marcar mínima em queda de 0,09% aos R$ 3,1100 e máxima em alta de 0,20% aos R$ 3,1190. O dólar futuro (contrato para maio) avançava 0,29% aos R$ 3,1240.