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Neymar completa dez anos de carreira com irreverência, arte e muita polêmica

Em 7 de março de 2009, Neymar estreou pelo Santos com o sonho de um dia suceder Messi e Cristiano Ronaldo no posto de melhor jogador do mundo e de ser ele o protagonista. Exatos dez anos depois, o atacante brasileiro continua em busca de ganhar a premiação da Fifa, porém já vê uma nova geração de concorrentes o ameaçar, como os franceses Mbappé e Griezmann e o croata Modric, vencedor da última edição do prêmio.

Embora vitorioso nos clubes por onde passou e nome indispensável na seleção, Neymar ainda não conseguiu atingir as metas mais ousadas que traçou. Além do prêmio de melhor do mundo parecer distante, principalmente para quem no momento está machucado, os planos de ganhar uma Copa do Mundo e de vencer a Liga dos Campeões com o Paris Saint-Germain ainda estão na fila de espera – seu time foi eliminado em casa, quarta-feira, pelo Manchester United e deu adeus ao torneio europeu.

O craque sofreu com lesões nos momentos mais decisivos da carreira. Durante a Copa de 2014, no Brasil, uma fratura na vértebra o tirou da semifinal e por pouco não causou estrago maior. No Mundial do ano passado, ele não se apresentou na forma ideal por ter sofrido uma fratura no pé direito, mesmo problema que atualmente o tirou de combate – viu a eliminação do PSG da beira do gramado do estádio em Paris.

“Eu enfrentei dificuldades que são complicadas na vida de um atleta. Seja ela derrota, sejam lesões. É como agora. Estou passando por um momento difícil, óbvio, mas tiro forças disso. Porque quero voltar melhor, mais forte”, disse Neymar à Rede Globo recentemente.

O momento ruim, porém, não diminui os feitos obtidos pelo atacante brasileiro ao longo da década. Neymar se tornou um jogador valioso, realizou o sonho de vestir a camisa do Barcelona, conquistou uma Liga dos Campeões pelo clube espanhol ao lado de Messi e encheu várias pessoas de orgulho. Neymar já encantou o mundo algumas vezes com seu talento.

INÍCIO – O descobridor e primeiro técnico do jogador, Roberto Antônio dos Santos, o Betinho, encontrou o menino Neymar com seis anos e o levou para o futsal. “O Juninho (Neymar Junior) é a pessoa mais dedicada que conheço. Ele sempre foi disciplinado, obediente e inteligente. Muita gente não sabe o quanto ele é um cara simples”, conta.

Assim como Betinho, outras pessoas que conheceram Neymar no começo da carreira o defendem das críticas comuns sobre seu comportamento. Alguns estigmas como festeiro, mimado e cai-cai podem atrapalhar a reputação do atleta, mas são confrontados por quem conviveu de perto com o astro.

O técnico Marcelo Martelotte era auxiliar do Santos na época da primeira crise pública do jogador, a desavença com Dorival Junior sobre um pênalti. “Aquilo foi um episódio isolado. Ajudou no seu amadurecimento. Neymar passou a entender o quanto suas atitudes refletem na carreira”, diz.

Martelotte garante que Neymar é um jogador empenhado ao seu trabalho. “Ele sempre gostou de treinar e de querer evoluir em tudo. O Neymar que eu conheço é um cara muito obstinado”, comentou.

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