Nos Estados Unidos para a disputa do Masters 1000 de Miami, o tenista Roger Federer afirmou que não vai se importar se não alcançar o recorde de mais títulos conquistados na Era Aberta do tênis. O suíço soma 100 troféus, número inferior apenas ao do norte-americano Jimmy Connors, que tem 109.
“Estou feliz por chegar a 100 títulos, mas minha vida já estava preenchida sem os recordes que conquistei. O importante é estar saudável, poder atuar e minha família estar bem. Não há problema se eu parar de jogar sem quebrar a marca do Connors. Se chegar a hora de eu me aposentar, eu vou me aposentar”, disse Federer em entrevista à Globo, veiculada neste domingo.
Aos 37 anos, Federer chegou ao 100º título há três semanas, mais velho do que Connors. O norte-americano tinha 31 anos quando alcançou a marca de uma centena de troféus e 37 quando conquistou o último torneio dele na carreira, o Aberto de Tel Aviv, em Israel, em 1989.
Federer recebeu o convite de Guga, em vídeo gravado pelo brasileiro ex-número um do mundo, para vir ao Brasil disputar um torneio do ATP. O país é sede do Brasil Open (em São Paulo) e do Rio Open, ambos disputados no saibro. De acordo com o suíço, o tipo de piso é a principal razão para ele evitar essas competições.
“Para competir no Brasil, eu teria de jogar no saibro. Já tenho uma certa idade para fazer promessas”, brincou Federer. “Na América Latina, só tem quadra dura em Acapulco (no México), mas não posso atuar lá porque tem torneio em Dubai na mesma semana. Então, se fosse jogar na América do Sul, seria só em partidas de exibição. É difícil estar em todo lugar ao mesmo tempo”, explicou-se.
Sobre o convite de Guga para eles disputarem um torneio de duplas no Brasil, Federer entrou na brincadeira e cobrou o brasileiro. “Espero que ele esteja em boa forma. Ele é um grande amigo, uma pessoa maravilhosa. Mas a resposta ainda é a mesma. Uma partida de exibição seria possível”, disse o suíço.