Depois de uma semana o Palmeiras reabriu nesta terça-feira a programação da equipe para entrevistas na Academia do Futebol e, durante mais de uma hora, o meia chileno Valdivia respondeu perguntas dos jornalistas sobre a tensa situação do time no Brasileirão. O capitão da equipe admitiu ser vergonhoso o clube lutar contra o rebaixamento em pleno ano do centenário, mas deixou claro que não é o único responsável pelos resultados ruins.
Valdivia levou para a entrevista coletiva anotações em seu celular para rebater críticas de que está ausente em jogos importante da equipe. O jogador disse ter preparado o material por saber que seria questionado sobre o tema.
Pelas contas do chileno, em 36 jogos do Palmeiras no Brasileirão, ele ficou de fora de 20. “Se é para atribuir que o Valdivia não estava em campo quando o Palmeiras precisou, é errado. A pergunta que faço é: quando o Palmeiras não precisou de mim? Ou que o técnico me pediu para descansar? Nunca”, disse o jogador.
O chileno fez questão de explicar que em algumas partidas jogou mesmo sem ter condições plenas, como contra o Bahia, em Salvador, com dores no quadril, e na semifinal do Paulistão, diante do Ituano. “Eu tinha um tornozelo do tamanho da melancia, mas de tive jogar, sem condições nenhuma”, contou.
Mesmo confrontado pelas exigências da torcida, o camisa 10 admitiu que gosta de ser cobrado, porém pediu para em caso de queda, não ser apontado como o culpado principal. “Na hora que estamos no campo, a gente sabe da responsabilidade. A minha é grande, mas cada um do time tem a sua”, afirmou.
Valdivia tem uma lesão na coxa esquerda e precisará apressar a recuperação para poder entrar em campo contra o Inter, no sábado, no Beira-Rio. Depois da equipe gaúcha, o adversário pela última rodada será o Atlético-PR.