Economia

Bolsas da Europa fecham majoritariamente em queda, de olho em tensões EUA-China

A maioria dos mercados acionários da Europa fechou em queda nesta terça-feira, 11, à exceção apenas das bolsas de Madri e Paris, à medida que investidores monitoram as tensões entre Estados Unidos e China. No radar local, notícias em torno do Brexit movimentaram as negociações. O índice Stoxx-600 registrou queda de 0,05%, aos 375,31 pontos.

A Organização Mundial de Comércio (OMC) confirmou que atenderá ao pedido da China para que o país obtenha permissão de impor sanções contra os EUA por não cumprirem medidas antidumping da entidade internacional. O diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, afirmou em nota que uma audiência sobre o caso deve ocorrer no dia 21 de setembro.

Em meio ao cenário, em Milão o FTSE MIB caiu 0,31%, para 20.853,84 pontos, e o PSI 20, de Lisboa, registrou queda de 0,18%, para 5.269,45 pontos. Investidores acompanharam as falas em que o ministro de Economia e Finanças da Itália, Giovanni Tria, reafirmou o crescimento econômico do país como uma “variável independente” do seu mandato, mas reconheceu ser importante manter a confiança dos mercados e equilibrar a relação entre dívida pública e Produto Interno Bruto (PIB). Em evento de uma associação de micro e pequenas empresas, Tria disse ainda estar estudando uma redução gradual das alíquotas de imposto de renda.

Ao mesmo tempo, em Londres, o índice FTSE 100 oscilou e encerrou o pregão em queda de 0,08%, para 7.273,54 pontos, após o governo do Reino Unido anunciar que Mark Carney seguirá no comando do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) até janeiro de 2020. Mais tarde, o ministro de Finanças do Reino Unido, Philip Hammond, em depoimento ao Comitê de Assuntos Econômicos da Casa dos Lordes, em Londres, afirmou que um acordo entre o Reino Unido e a União Europeia (UE) para o Brexit em seis ou oito semanas é “factível”. O prazo havia sido mencionado ontem pelo negociador-chefe da UE, Michel Barnier.

Além disso, funcionários da UE e fontes políticas de alto nível disseram ao jornal britânico Standard que relatos de uma grande mudança na estratégia para o Brexit da UE são exagerados. Uma das fontes teria dito que os “britânicos estão esperando que mudemos nossas linhas vermelhas. Isso não vai acontecer”, informou a publicação.

Na Alemanha, o ministro de Finanças, Olaf Scholz, afirmou que o governo está aberto à fusão entre o Deutsche Bank e o Commerzbank, assim como executivos das duas empresas, de acordo com o jornal local Der Spiegel. Na bolsa de Frankfurt, o DAX recuou 0,13%, aos 11.970,27 pontos, enquanto as ações dos bancos avançaram 0,49% e 2,34%, respectivamente.

Entre os indicadores do Velho Continente, destaque para a taxa de desemprego do Reino Unido, que ficou em 4,0% no trimestre até julho, informou o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês), um pouco abaixo da previsão de 4,1% de analistas. Os salários no país excluindo bônus tiveram alta de 2,9% no trimestre até julho, na comparação com igual período do ano passado, ante projeção de 2,8%. Já na Alemanha, o índice ZEW de expectativas econômicas na Alemanha avançou de -13,7 em agosto a -10,6 na leitura de setembro, informou o próprio instituto. Analistas previam -12,9. O índice das condições atuais da economia alemã avançou de 72,6 em agosto a 76,0 em setembro. A projeção, nesse caso, era de queda para 72,0.

Em Paris, o CAC 40 subiu 0,27%, para 5.283,79 pontos, enquanto o Ibex 35, em Madri, avançou 0,14%, para 9.284,10 pontos. (Com informações da Dow Jones Newswires)

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