Economia

Ibovespa encerra pregão em alta de 0,03%, aos 85.377,78 pontos

Após ser impactado pelo azedume do mercado acionário de Nova York, o Ibovespa ganhou fôlego nos últimos momentos do pregão e conseguiu fechar em leve alta (0,03%) no primeiro dia de março, aos 85.377,78 pontos.

A bolsa brasileira abriu e passou toda a primeira parte da sessão de negócios em alta, numa tentativa de recuperar parcela das perdas de 2,62% registradas nos dois dias anteriores de correções. Resultados corporativos positivos, como da Ambev, além da confirmação de crescimento de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) corroboravam para o movimento comedidamente otimista.

A virada de mão veio no meio da tarde com o aprofundamento das perdas nos mercados acionários de Wall Street. Os investidores ampliaram as incertezas em relação a um aperto monetário mais forte neste ano por parte do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos). Além disso, o presidente Donald Trump anunciou a barreira tarifária para o aço, afetando as ações de muitas empresas do setor.

Mas, enquanto o Dow Jones fechou no vermelho (-1,68%), o Ibovespa teve força para ficar no azul. Analistas concordam que as melhores perspectivas para a economia brasileira são, de fato, um contraponto que impede o Ibovespa de recuar mais e numa proporção piorada dos índices de Wall Street.

Durante o pregão, o índice também foi impactado pela queda das cotações das commodities, em especial o petróleo, no mercado internacional. O contrato WTI para abril fechou em queda de US$ 0,65 (-1,05%) enquanto o do Brent para maio teve baixa de US$ 0,90 (-1,39%). Por aqui, os papéis da Petrobras ON e PN caíram 1,64% e 2,00%, respectivamente.

Ao final da sessão, a recuperação das ações do setor bancário – que também refletem a melhora econômica com perspectivas de expansão do crédito – amenizou as perdas do índice, com Itaú Unibanco subindo 1,47%, Banco do Brasil ganhando 0,72% e Bradesco valorizando 0,57%. E, fora as blue chips, as ações da Gerdau e Gerdau Metalúrgica, que vêm refletindo positivamente a barreira tarifária a ser imposta pelos EUA, pois têm filial por lá, subiram 3,19% e 1,27%, e são as maiores altas do Ibovespa no ano.

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