O Banco Central manteve a expectativa de crescimento de 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado nesta quinta-feira, 29. A estimativa é a mesma anunciada no documento de dezembro passado.
Apesar da manutenção da projeção, o BC modificou suas expectativas para os diferentes componentes do PIB. A perspectiva para a agropecuária, por exemplo, ficou menos pior, passando de -0,4% para -0,3%. Apesar do recuo em safras importantes, como milho, soja e cana-de-açúcar, o prognóstico para a colheita do café melhorou, o que contribuiu para a nova projeção.
No caso da indústria, a estimativa passou de um crescimento de 2,9% para 3,1%, com destaque para o maior dinamismo na indústria de transformação. Segundo o BC, esse setor cresceu acima do previsto no último trimestre do ano passado, o que gera um carregamento positivo para 2018. No setor de serviços, a projeção foi mantida em alta de 2,4%.
Pela ótica da demanda, o BC manteve a estimativa de crescimento do consumo das famílias em 3,0%, “em linha com a expectativa de evolução favorável da massa salarial ampliada e do crédito à pessoa física”. Já no caso do consumo do governo, o porcentual projetado passou de 1,0% para 0,5%. A alteração, segundo o BC, é “consistente com o cenário fiscal corrente”.
O documento desta quinta indica ainda que a projeção de alta para a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – indicador que mede o desempenho dos investimentos na economia – passou de 3,0% para 4,1% em 2018. A melhora está associada à trajetória favorável nos índices de confiança dos empresários, à redução do endividamento das empresas no sistema financeiro e aos efeitos do ciclo de flexibilização na política monetária, segundo o BC.