O chefe do departamento de estudos tributários e aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, comentou nesta terça-feira, 25, que a arrecadação de R$ 105,659 milhões em março, com alta real de 3,95% em relação ao mesmo mês do ano passado, decorreu principalmente do desempenho da atividade econômica.
“A indústria e o comércio têm tido desempenho positivo. Apenas o setor de serviços vem se recuperando com menos intensidade. Foi o último setor a entrar na crise, agora é o último a sair da recessão. Essa recuperação mais lenta também impacta na arrecadação”, detalhou.
Segundo ele, o desempenho mais fraco do setor de serviços é notado na arrecadação do Imposto de Renda das empresas (IRPJ) que declaram pelo lucro presumido. Essas receitas caíram 5,82% na comparação com março do ano passado.
Por outro lado, ele destacou o crescimento de 7,05% em março nas receitas com o IRPJ e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) pela estimativa mensal. “Isso é um indicador positivo para a arrecadação”, avaliou.
Malaquias acrescentou que, sem os efeitos de receitas não recorrentes, como o Refis, a arrecadação total ainda teria crescido 2,16% em março. “A arrecadação federal está bastante aderente com a evolução da economia”, completou.
Já as receitas previdenciárias caíram 0,53% em março. “Apesar de estar aumentando o número de postos formais de trabalho, a massa salarial está caindo porque os salários praticados neste ano estão menores que os do ano passado. O crescimento do emprego não se dá da mesma forma na arrecadação previdenciária”, concluiu.