Economia

Balanços e perspectivas de BCs impulsionam bolsas da Europa

As bolsas da Europa encerraram o pregão desta sexta-feira, 27, em alta, impulsionadas por resultados corporativos positivos e pela perspectiva mais suave em relação à política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).

Um dia depois de manter a política monetária inalterada e sinalizar que não houve discussão em relação ao futuro do programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês), os investidores vislumbraram a continuidade da era do dinheiro barato e aproveitaram para fazer novas apostas em mercados mais arriscados.

A perspectiva em relação ao BoE também é de manutenção do tom sobre os juros, depois da divulgação de números fracos da atividade no primeiro trimestre. A economia do Reino Unido teve expansão trimestral de apenas 0,1% nos três primeiros meses do ano, ante projeção de analistas da Dow Jones Newswires de alta de 0,3%. Na comparação anual, o crescimento foi de 1,2%, contra estimativas de 1,4%.

A bolsa de Londres terminou com alta de 1,09%, aos 7.502,21 pontos. O ganho semanal foi de 1,82%.

Ainda na esteira dos resultados de Produto Interno Bruto (PIB), a economia da França também desacelerou nos começo do ano, para 0,3% na margem, ante expectativas do mercado financeiro de alta de 0,4%. Na comparação anualizada, o avanço foi de 2,1%. Já a Espanha cresceu 0,7% em relação ao último trimestre de 2017, conforme os dados preliminares conhecidos nesta manhã. Na comparação anual, a expansão foi de 2,9%.

Com esta visão em relação à política monetária mais suave por causa da atividade, no curto prazo, o caminho ficou aberto para o noticiário corporativo.

Em Paris, as ações da Airbus subiram 1,50% na sessão, apesar da queda de 31%, para 283 milhões de euros, no lucro líquido do primeiro trimestre do ano em relação ao mesmo período de 2017. Os investidores viram como positiva a disposição da companhia de cortar planos para a produção do jato A330 para se concentrar em outros modelos.

Já os papéis da montadora Renault caíram 3,15%, depois de o aumento da receita do primeiro trimestre – para 13,16 bilhões de euros – ter vindo menor do que o esperado pelo mercado. Mesmo assim, o índice CAC 40, de Paris, terminou a sessão em alta aos 5.483,19 pontos, ganho diário de 0,54% e semanal de 1,30%.

Em Madri, os papéis do banco BBVA saltaram 2,22%, após o banco reportar lucro líquido de 1,34 bilhão de euros, resultado considerado “sólido” pelo UBS. O índice IBEX 35 avançou para 9.925,40 pontos, alta diária de 0,23% e semanal de 0,42%.

Na bolsa de Milão, as ações da petroleira ENI cederam 0,07%, após queda na receita de 18,53 bilhões de euros no primeiro trimestre de 2017 para 18,07 bilhões de euros nos três primeiros meses deste ano. O índice FTSE Mib caiu para 23.927,61 pontos (-0,47%), preservando ganho semanal de 0,41%.

O índice DAX, de Frankfurt, subiu para 12.580,87 pontos, alta de 0,64% na sessão e de 0,32% na semana.

Já o PSI 20, de Lisboa, avançou para 5.527,69 pontos, tendo alta no dia de 0,20%, mas permanecendo inalterado na comparação semanal. (Com Dow Jones Newswires)

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