Economia

Lucro líquido ajustado do BB soma R$ 3,026 bi no 1º trimestre, +20,3% em um ano

O Banco do Brasil (BB), que fecha nesta quinta-feira, 10, a temporada de balanços dos grandes bancos de capital aberto no País, apresentou lucro líquido ajustado de R$ 3,026 bilhões de janeiro a março, expansão de 20,3% em relação ao mesmo período do ano passado, de R$ 2,515 bilhões.

Em relação ao trimestre imediatamente anterior, de R$ 3,188 bilhões, quando o banco entregou resultado recorde, considerando somente suas operações, houve queda de 5,1%.

O desempenho do BB no primeiro trimestre foi impulsionado, conforme a instituição explica em relatório que acompanha as suas demonstrações financeiras, pelo aumento das rendas de tarifas, redução das despesas de provisão para devedores duvidosos (PCLD) e ainda menores gastos administrativos.

A carteira de crédito ampliada do BB foi a R$ 675,645 bilhões no primeiro trimestre, queda de 0,8% em relação ao fechamento do quarto trimestre, de R$ 681,3 bilhões. Em um ano, os empréstimos tiveram declínio de 1,9%. Na pessoa física, foi visto recuo de 0,9% de ao final de março ante dezembro, mas alta de 0,4% em um ano. Já a carteira da pessoa jurídica diminuiu 3,4% e 8,1%, respectivamente.

O Banco do Brasil registrou R$ 1,423 trilhão em ativos totais, montante 1,5% maior em um ano, quando havia somado R$ 1,402 trilhão. Ante os três meses anteriores, aumentou 3,9%.

Já o seu patrimônio líquido totalizou R$ 101,227 bilhões no primeiro trimestre, com elevação de 12,7% em 12 meses, quando estava em R$ 89,820 bilhões. Ante os três meses imediatamente anteriores cresceu 12,7% também.

O retorno sobre o patrimônio líquido (RSPL) no quesito mercado do BB foi a 13,2% ao fim de março, melhora de 0,8 ponto porcentual em um ano, quando estava em 12,4%. Em relação a dezembro, porém, quando somou 14,5%, foi identificada redução de 1,3 p.p.

“O crescimento do RPSL de 12,4% para 13,2%, reforça o compromisso de aumento da rentabilidade, mesmo em um trimestre, que, por conta da sazonalidade dos negócios, é mais desafiador para a entrega do resultado”, destaca o BB.

No critério acionista, o retorno do banco foi a 14,4% no primeiro trimestre ante 16,0% no quarto e 13,7% em um ano.

O lucro líquido do BB, considerando eventos extraordinários, somou R$ 2,749 bilhões no primeiro trimestre, incremento de 12,5% ante um ano, de R$ 2,443 bilhões. No comparativo trimestral, de R$ 3,108 bilhões, houve queda de 11,6%. A diferença entre o lucro ajustado e o resultado com eventos não recorrentes no quarto trimestre, conforme o banco, se deu por conta de R$ 277 milhões, resultado de um efeito negativo de R$ 539 milhões por conta de planos econômicos e positivo de R$ 258 milhões efeitos fiscais.

Metas

O Banco do Brasil reafirmou suas metas (guidances) de desempenho para 2018, apesar de parte delas ter ficado fora dos intervalos divulgados pela instituição. As linhas que não entregaram desempenho dentro das faixas foram margem financeira bruta e carteira de crédito ampliada orgânica interna, incluindo pessoa física e jurídica.

No caso das despesas administrativas, o BB superou o seu guidance de desempenho ao diminuí-las em 0,2%, para R$ 7,759 bilhões, no primeiro trimestre. Segundo o banco, o resultado foi influenciado pela “gestão contínua das despesas e melhoria da eficiência”. O banco espera que as despesas administrativas tenham aumento de 1% a 4% em 2018.

Sobre a carteira de crédito, o banco explicou, em relatório que acompanha as suas demonstrações financeiras, que o desempenho foi impacto principalmente pela carteira de pessoa jurídica que, apesar da queda maior que o guidance, está em linha com as expectativas da instituição para o ano. Em relação ao crédito para pessoa física, o BB afirmou que o desempenho está dentro das projeções de 2018 e que o crescimento maior deverá ocorrer no segundo semestre.

Depois de encolher seus empréstimos em 2017, o banco espera retomada do crescimento deste ano. Projeta alta de 1% a 4% para a carteira de crédito ampliada orgânica interna. O BB espera que sua carteira de crédito de indivíduos cresça entre 4% e 7%. Já o segmento de agronegócio deve ter expansão de 4% a 7% neste ano contra faixa para 2017 que indicava aumento de 6% a 9%.

Na contramão, o crédito à pessoa jurídica pode ter mais uma queda anual. O BB espera que essa carteira caia até 3% e, na melhor das hipóteses, fique no zero a zero.

O Banco do Brasil espera que seu lucro líquido ajustado neste ano fique entre R$ 11,5 bilhões e R$ 14 bilhões. O resultado representará aumento de 3,6% se ficar no piso do guidance e de mais de 26% considerando o ponto mais alto.

Em relação à margem financeira bruta sem recuperação de operações em perdas, a instituição espera que o indicador fique estável e, na pior das hipóteses, recue até 5%.

As despesas de provisões para devedores duvidosos (PCLD) líquidas de recuperação de operações em perdas do banco devem somar de R$ 19 bilhões a R$ 16 bilhões neste ano. Para as rendas de tarifas, o BB espera avanço de 4% a 7% neste ano.

O Banco do Brasil comenta seus resultados do segundo trimestre em coletiva de imprensa às 10h desta quinta, na sua nova sede, em São Paulo.

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