Por muito pouco Felipe França não garantiu mais uma medalha para o Brasil no Mundial de Kazan. Nesta quarta-feira, o nadador do Corinthians nadou lado a lado com os dois primeiros colocados dos 50m peito, perdeu um pouco de fôlego nos últimos metros e deixou escapar o bronze graças a uma deslizada muito longa na chegada. Ficou a 0s01 do pódio.
O brasileiro repetiu seu melhor tempo do ano, com 26s87 e acabou perdendo o bronze para Kevin Cordes, dos EUA, que bateu em terceiro. O ouro foi para o britânico Adam Peaty (26s51), seguido do sul-africano Cameron van der Burgh (26s66).
“É uma prova bem cuidadosa, graças a Deus fiz tudo certo. Estamos aí, tem uns melhores, mas foi o melhor que eu consegui. Está ótimo. Isso é para a gente aprender a melhorar. Vamos treinar mais”, disse França, à SporTV.
Cada um dos dois primeiros colocados da prova havia batido o recorde mundial uma vez em Kazan. Primeiro o sul-africano fez 26s72 nas eliminatórias. Depois, Peaty marcou 26s42 na final. Ambos, entretanto, nadaram a final abaixo do recorde que durava desde 2009 – Van der Burgh detinha a marca, com 26s77.
Peaty começou a aparecer para o mundo da natação apenas no ano passado, quando foi prata nos 50m e ouro nos 100m peito nos Jogos da Commonwealth, sempre em confronto direto contra Van der Burgh. Depois, no Mundial de Piscina Curta de Doha (Catar), perdeu as duas provas para Felipe França. Em Kazan, no seu primeiro Mundial de Piscina Longa, fez a dobradinha. Nos 100m, foi o mais rápido das eliminatórias, da semifinal e ganhou o ouro com recorde do campeonato.
O outro brasileiro da prova, Felipe Lima, já havia ficado pelo caminho. Bronze nos 100m peito no Mundial de Barcelona, há dois anos, ele não se classificou para final de nenhuma das duas provas em Kazan. Na semifinal dos 50m peito, nadou em 27s50, a 0s30 do oitavo colocado. Vale lembrar que João Luiz Gomes Júnior, quinto do ranking mundial no ano passado, não foi a Kazan porque passou o primeiro semestre (período de obtenção de índices) suspenso.