O presidente do Comitê Organizador da Olimpíada do Rio de Janeiro, Carlos Arthur Nuzman, rejeitou nesta quinta-feira qualquer suspeita sobre o processo de escolha da capital fluminense para sediar os Jogos Olímpicos deste ano.
As suspeitas surgiram nesta semana quando o jornal britânico The Guardian revelou que procuradores franceses decidiram se debruçar sobre o processo de votação que elegeu o Rio para sediar os Jogos Olímpicos deste ano e o Japão, para 2020.
A investigação é um desdobramento de uma apuração inicial que avalia o comportamento da cúpula da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês), com denúncias envolvendo dirigentes e o ex-chefe da entidade, Lamine Diack. Preso, ele foi acusado de receber mais de 1 milhão de euros (R$ 4,3 milhões) em propinas para esconder testes de doping de atletas russos.
O filho de Lamine, Papa Diack, é acusado de distribuir “pacotes” para membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) para votar no Catar, que participou da disputa para sediar os Jogos de 2016. Agora os procuradores franceses querem saber o papel de Lamine nas votações das sedes do COI. Ele foi membro da entidade entre 1999 e 2013.
“Eles não mencionaram o Rio. Nunca”, ressaltou Nuzman, em entrevista à agência Associated Press. “Não há nenhum problema com o Rio. Foi uma candidatura muito correta, muito aberta. Nós apresentamos todas as nossas contas, com tudo que pagamos”, declarou o brasileiro.
O Rio de Janeiro ganhou o direito de sediar a Olimpíada em 2009, ao vencer uma disputa com Chicago, Madri e Tóquio. A capital japonesa acabou levando os Jogos de 2020 na disputa seguinte.