Bruno Fratus dominou os 50 metros livre do Troféu Maria Lenk, neste sábado, no Rio de Janeiro. Com 21s70, o nadador venceu a final da prova mais esperada do último dia da competição e alcançou a quarta marca do mundo nesta temporada. O campeão olímpico Cesar Cielo chegou em segundo com 21s79, sexto tempo do mundo no ano, e Ítalo Manzine completou o pódio com 22s12.
“A volta do Cesar significa muito para a gente. Grande competição. É uma diferença grande tê-lo competitivo com a gente. O Mundial de Budapeste vai refletir um Maria Lenk muito bom”, disse Fratus. Cielo e Fratus devem ser os representantes brasileiros na prova dos 50 metros livre na Hungria.
Cielo ficou contente com sua marca. “Estou contente. Eu não nadava para um tempo deste desde 2014. Tem uma coisinhas que eu posso ajustar. Saí um pouco mais fundo do que eu estava acostumado, a transição não foi tão forte e acabei deslizando um pouco na chegada. Fiquei satisfeito. Esse 21s7 me anima de novo, um pouco mais de 40 centésimos da minha melhor marca. Cada vez que caio na água eu tiro um pouquinho. Estou contente sim”, disse o astro da natação brasileira.
Apesar de a seletiva para o Mundial de Budapeste ter se encerrado no Troféu Maria Lenk, a lista de nadadores brasileiros que vão para a Hungria no mês de julho só será conhecida oficialmente depois da próxima quinta-feira. Isso porque, além da questão técnica, a seleção brasileira que será enviada para a principal competição do ano também será definida a partir da verba para a competição.
Na próxima quinta, uma reunião entre a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) e os Correios terá peso importante na definição dos classificados. Principal patrocinador da entidade, em parceria que vigora desde o início dos anos 1990, os Correios haviam anunciado o rompimento do acordo no início de abril.
A decisão veio na esteira da operação Águas Claras, deflagrada pela Polícia Federal e que prendeu dirigentes da CBDA acusados de desvios que podem ultrapassar a cifra de R$ 40 milhões. Cielo avalia que o escândalo não prejudicou o desempenho dos atletas. “Não estou voltando para resultado. Estou voltando pela natação, por um legado. No momento tão difícil que a natação vem passando, com dirigente na cadeia, com chance de perder patrocínio, para mim, fez sentido voltar. A piscina mostrou que a gente está bem. Os resultados estão bons. Os nadadores não se abateram com o que aconteceu fora”, disse Cielo.