A expedição de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado chegou a 3.815.300 toneladas em 2020, um crescimento de 5,5% em relação ao ano anterior. É o maior nível expedido desde o início da série em 2005 e o maior crescimento anual desde 2010, quando teve alta de quase 10%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 13, pela Associação Brasileira de Embalagens em Papel (Empapel), antiga ABPO.
Gabriella Michelucci, presidente da Empapel, explica que o setor chegou a crescer 7% no primeiro trimestre, antes da pandemia. A situação mudou no segundo trimestre, que terminou em queda de 3,5%, mas voltou à normalidade depois.
Ela diz que o isolamento social acabou provocando uma corrida na busca por alimentos e produtos de higiene e limpeza, aumentando assim os pedidos de embalagens. "O consumo de bens duráveis caiu, mas os produtos essenciais aumentou bastante. A partir de meados de junho, com a retomada das indústrias, houve explosão de compras de embalagens de papel ondulado", comenta.
Em dezembro de 2020 foram 319.284 toneladas, alta de 11,2% em relação a dezembro de 2019. Na série iniciada em 2005 está é a primeira vez que o volume expedido é superior a 300 mil toneladas, sendo também o maior volume expedido entre os meses de dezembro. A produção por dia útil cresceu 7%, para 12.280 toneladas, maior expedição diária entre os meses de dezembro.
Na comparação trimestral, os dados apontam alta de 7,7% no quarto trimestre em comparação com o mesmo período do ano anterior. O volume expedido no quarto trimestre chegou a 999.119 toneladas, também o maior desde 2005, ficando atrás apenas do trimestre passado (1.003.354 toneladas), um recuo de 0,4% nos dados ajustados sazonalmente.