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SP vai trocar passarela do Aeroporto de Congonhas

A Prefeitura de São Paulo confirmou a troca da passarela Comandante Rolim Amaro, que passa sobre a Avenida Washington Luís e chega até o Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista. Após muitas reclamações por parte dos pedestres de ferrugem, infiltração e risco de queda, a construção de uma nova passarela foi autorizada pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico (Conpresp).

De acordo com a Prefeitura, o próximo passo é abrir uma licitação e estudar o projeto de rampas para atender às regras de acessibilidade. Ainda não há prazo para a entrega.

Inaugurada em 1974 e projetada por João Batista Vilanova Artigas (1915-1985), um dos principais nomes da história da arquitetura brasileira e também responsável pelo Estádio do Morumbi e o edifício da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), a passarela de 60 metros está em péssimo estado de conservação e, em 2011, funcionários de empresas aéreas sofreram com uma onda de assaltos no local.

Nos últimos anos, foram planejadas reformas que nunca saíram do papel. Em 2005, o ex-prefeito José Serra aceitou um projeto criado pela Associação Amigos da Passarela Aeroporto de Congonhas (Aspa) no valor de R$ 4 milhões. Em 2010, na gestão de Gilberto Kassab, o Ministério Público Estadual (MPE) exigiu que o projeto não fosse levado adiante e entrou com ação civil pública contra a Prefeitura. De acordo com o MPE, o projeto beneficiaria o Hotel Íbis, que fica próximo ao aeroporto.

A passarela possui 40 anos e nunca passou por nenhuma reforma, pois passava por um processo de tombamento pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado (Condephaat). Em junho de 2013, o processo de tombamento da travessia foi arquivado pelo governo do Estado durante uma reunião entre o MPE, a Prefeitura e a Aspa. No mesmo mês, o Conselho Municipal planejou começar o mais rápido possível obras emergenciais, mas elas nunca foram autorizadas.

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