O ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa e vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif (PSD), afirmou que o PSD “certamente” irá compor o governo federal, caso a presidente Dilma Rousseff seja reeleita, mas evitou comentar se o partido vai cobrar mais espaço dentro de um eventual segundo mandato da petista. Sem citar nomes, ele afirmou que o partido tem “bons quadros” e que, como está apoiando a petista à reeleição, terá o direito de sentar à mesa com as legendas apoiadoras, para indicar nomes para “contribuir com a gestão”.
Afif afirmou que, apesar de ele estar à frente de um dos ministérios do Governo Dilma, o PSD não teria o direito de participar da administração atual, porque não ajudou a eleger Dilma em 2010, quando sequer existia. O partido só foi criado em 2011. “Não estou no ministério por causa do PSD. Não foi por barganha, nem por troca para forma base de apoio do governo. O (presidente do PSD, Gilberto) Kassab deixou claro: vou dar apoio sem nada em troca”, afirmou em entrevista à imprensa, após almoço promovido pelo Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP), na capital paulista.
Questionado se teme que a Secretaria da Micro e Pequena Empresa seja alvo dos cortes de ministérios, como alguns candidatos têm prometido, ele não respondeu diretamente. Disse apenas que não se pode encerrar “a missão e a função” e defendeu que a secretaria “tem que estar pertinho da presidente, para a turma não pisar em cima”. “O engraçado é que todos falam em cortar, mas quando perguntam quais, só citaram até agora o da Pesca”, declarou, destacando que Dilma foi a primeira presidente a dar foco ao segmento, “que é maioria, mas é tratado como minoria”.
Apesar da defesa, o ministro evitou responder se gostaria de participar de um eventual segundo governo Dilma. Afirmou apenas que tem um compromisso com ela até o dia 31 de dezembro de 2014 e que está entregando tudo que prometeu. Afif afirmou também que os próximos passos da Pasta, a partir de 2015, são implantar a Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim) em todo o Brasil e a modificação da tabela do Simples Nacional.