A rebelião na Penitenciária Industrial de Guarapuava (Região Centro-Sul do Paraná) iniciada no final da manhã de segunda-feira, 13, completou 24 horas sob o clima de impasse. Desde as 7h30 de terça-feira, 14, um grupo de agentes do Bope e da Polícia Civil negocia com os presos rebelados, mas sem sucesso.
Essa é a 21ª rebelião no estado desde dezembro do ano passado.
O motim é liderado por cerca de 50 presos que ainda mantém 11 agentes penitenciários como reféns, além de outro grupo de presos – a maioria condenada por crimes sexuais – que está em cima do telhado sob a ameaça de serem jogados. Até o final da manhã, a única reivindicação dos presos divulgada pela Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju), foi a exigência de transferência de alguns detentos para outras unidades no estado.
No início da rebelião os presos renderam 12 agentes, mas um deles foi queimado com cola e outros materiais inflamáveis e teve 40 do corpo ferido, ele precisou ser encaminhado para um hospital próximo e segundo um boletim divulgado pela manhã não corria risco de morte.
Desde ontem dois presos foram jogados de cima do telhado e um deles teve fraturas e foi levado para o hospital. Quanto aos agentes, os presos têm feito rodízios e cada um deles (agentes) fica um período no telhado amarrado a um para-raios sob a ameaça de serem jogados caso a polícia decida invadir o local.
Essa é a primeira rebelião ocorrida na PIG desde sua fundação, há 15 anos, e é considerada modelo, pois existem atividades de educação e trabalho.