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Já são dez as mortes por suspeita de dengue no interior paulista

Um idoso de 87 anos residente em Rubiácea, noroeste paulista, morreu nesta terça-feira, 3, com sintomas de dengue, elevando para dez o número de mortes que podem ter sido causadas pela doença, este ano, no interior de São Paulo. O paciente chegou a ser levado para a Santa Casa de Guararapes, mas não resistiu. A doença foi constatada em diagnóstico médico, mas ainda precisa ser confirmada por exames.

Desde o início do ano, três mortes com suspeita de dengue ocorreram em Guararapes, na mesma região; duas em Catanduva, norte do Estado, e outras duas – pai e filha – em Limeira, região de Campinas. Ainda na região noroeste, ocorreu um óbito em Lins, outro em Marília.

Em todos os casos, houve diagnóstico médico positivo com base nos sintomas, mas ainda não ficaram prontos os exames para confirmar a causa das mortes.

Sete cidades no interior já decretaram situação de emergência em razão do quadro de epidemia da dengue. A prefeitura de Ubirajara, na região de Bauru, decretou também estado de calamidade pública e suspendeu as aulas na rede municipal. Na cidade de 4,4 mil habitantes, já são 55 casos confirmados e até o prefeito Walmir Bordin (DEM) foi infectado.

O início do período letivo, que ocorreria na segunda-feira, foi adiado para a próxima semana. Na cidade, há dois casos suspeitos de dengue hemorrágica, a forma mais grave da doença.

Guararapes, Catanduva, Sorocaba, Limeira, Paraguaçu Paulista e Penápolis são as outras cidades em estado de emergência. Em todas, há pelo menos um caso confirmado para cada mil moradores – em Guararapes o índice chega a 30 casos a cada mil habitantes.

Em muitas cidades, foram improvisadas salas extras para atendimento dos pacientes. As prefeituras, com ajuda do governo estadual, intensificam as ações de combate ao mosquito transmissor.

Em Limeira, a prefeitura recorreu a um drone – veículo aéreo não tripulado – para fazer imagens de possíveis criadouros do mosquito transmissor. Projeto do Executivo enviado à Câmara em regime de urgência eleva de R$ 100 para até R$ 1,4 mil a multa para o domicílio que tiver criadouro do mosquito, após ser notificado. Quem não permitir a inspeção dos agentes será multado em R$ 3,1 mil.

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