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Presidente da sessão veta nome de pastor para a Comissão de Direitos Humanos

O deputado Assis do Couto (PT-PR), que neste momento preside a sessão de instalação da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, indeferiu a candidatura avulsa do Pastor Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ). O petista alegou que a nova candidatura desrespeita a indicação oficial e o critério da proporcionalidade. O indicado pelo PT para presidir a comissão é o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).

A bancada evangélica reagiu à decisão. “Isso é ditadura, meu irmão!”, reclamou o Pastor Eurico (PSB-PE). A sessão foi suspensa por 30 minutos para que os parlamentares cheguem a um acordo.

O pastor Sóstenes Cavalcante disse que seu partido tem direito a lançar sua candidatura. Segundo ele, diversos pedidos foram feitos na última hora, inclusive do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para que ele desista. “Ideologicamente é importante (presidir a comissão) para quem defende a família e os direitos humanos”, justificou o parlamentar.

O deputado, que é pastor da Assembleia de Deus de Jacarepaguá, bairro do Rio de Janeiro, disse “desconhecer” o acordo entre os partidos para definição da presidência do colegiado. “Por que só a esquerda se arvora a dizer que representa os direitos humanos?”, questionou. Sóstenes tem o apoio do ex-presidente do colegiado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) e do polêmico Jair Bolsonaro (PP-RJ).

O petista Paulo Pimenta considera que a candidatura do pastor é “antiregimental”. “A candidatura rompe o que a Casa tem de maior valor: a palavra. Talvez por ser parlamentar de primeiro mandato ele não conheça a importância da palavra dada”, declarou. Para Pimenta, a candidatura avulsa de Sóstenes sequer poderá ser registrada.

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias será instalada nesta tarde. O líder da bancada do PT, Sibá Machado (AC), foi chamado às pressas para solucionar a questão.

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