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Para PF, investigação contra Anastasia depende de depoimento de Jayme Careca

Em pedido de prorrogação de prazo para diligências do inquérito envolvendo o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), a Polícia Federal escreveu ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é essencial dar continuidade às investigações a partir da oitiva do ex-agente da PF Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido por “Jayme Careca”. Diante da dificuldade de ouvir o ex-agente da Polícia, foi solicitado o prazo de extensão de 30 dias para cumprimento das diligências.

O documento foi encaminhado a Zavascki em 10 de abril, assinado pelo delegado da PF Thiago Machado Delabary. “Trata-se, portanto, de diligência antecedente às demais, posta que, se infrutífera, tornará exponencial a dificuldade de se obter evidências quanto à suposta entrega de dinheiro, quer pelo afastamento temporal do evento, quer pela negativa do suposto remetente da quantia, Alberto Youssef”, escreveu o delegado, explicando que a PF não tinha conseguido até então cumprir a oitiva de Careca, e que o depoimento estava marcado para o dia 17, na última sexta-feira.

O depoimento do ex-agente da PF está entre os que foram adiados por Zavascki, relator da Lava Jato no STF, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A suspensão temporária das diligências que seriam cumpridas entre os dias 15 e 17 de abril aconteceu depois de um desentendimento entre PF e MPF sobre a condução das investigações. A agenda de coleta de depoimentos deve ser retomada em breve, após negociações entre os órgãos.

Anastasia é investigado por ter supostamente recebido R$ 1 milhão por meio de Careca de um dinheiro que teria sido repassado pelo doleiro Alberto Youssef, um dos delatores da Lava Jato. O inquérito contra Anastasia foi aberto pelo STF no dia 6 de março.

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