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Cientistas mirins criam projetos inovadores para salvar meio ambiente

Alunos de quatro escolas estaduais, vencedores do primeiro concurso virtual de Ciências da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, encontraram no meio ambiente a bandeira de suas invenções. Os novos cientistas mirins da rede criaram soluções inovadoras como de plantas no combate a dengue e até a introdução da proteína de insetos na alimentação humana, além de escolas sustentáveis. A equipe da E.E. Prof. Carlos de Arnaldo Silva, em Jales, foi a grande campeã e garantiu participação na Genius Olympiad, em Nova York, para representar o Brasil.
 
Criado pelos alunos Jhonatan Ferreira, Raphael Casagrande, Wigor Ribeiro, o trabalho intitulado ‘escola sustentável’ prevê a aplicação de uma nova técnica de filtragem capaz de eliminar a sujeira e o odor da água. A ideia é que toda essa água possa ser reutiliza nos banheiros e na limpeza das áreas externas da unidade de ensino. Agora o projeto será levado aos Estados Unidos e poderá ser replicado por estudantes de outros países.
 
         Da Escola Estadual Afonso Cáfaro, em Fernandópolis, vieram as outras duas equipes finalistas da região na feira de Ciências. Os trabalhos, na área de Biologia, identificaram o potencial da conhecida planta ‘comigo-ninguém-pode’ no combate ao mosquito da dengue e a curiosa da introdução do gafanhoto na merenda escolar, graças à alta taxa de proteína ‘do bem’ do inseto.
 
Já as meninas Karoline Azevedo Ferreira; Mariane Augusto Gonçalves Guidetti, de Araçatuba encontraram nas rizobactérias uma forma de recuperar e fortificar os solos devastados pelo plantio de cana de açúcar. Por fim, o trio Eugênio Silva Rodrigues, Pedro Garcez de Moraes e Vinicius de Souza Marichi, das unidades de ensino da rede estadual de Sumaré, descobriram, durante o almoço na escola, que a gosma do quiabo, apesar de amarga, é um excelente aderente natural e pode inclusive substituir a cola industrial.
 
         “A feira foi o primeiro passo para a entrada desses jovens no mundo científico. Além disso, desperta nos nossos alunos o espírito do empreendedorismo, ao propor ações ou produtos que podem ser comercializados. A expectativa é que no próximo ano mais projetos tenham esse destino”, afirma Dayse Pereira da Silva, organizadora da feira.
 
         No total, 20 projetos participaram da última etapa do concurso.  Ao longo do ano, os alunos desenvolveram 138 projetos. Os escolhidos passaram por uma banca avaliadora composta por membros de universidades, diretores e presidentes de empresas. Os finalistas também garantiram vagas em importantes encontros científicos nacionais, como a MOP (Mostra Paulista de Ciências e Engenharia), Mostratec (Feira de Ciências e Tecnologia de Novo Hamburgo) e Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia).    

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