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Gerente jurídico diz na CPI que Petrobras é vítima da corrupção

No final de seu depoimento à CPI da Petrobras, o gerente jurídico de Gestão e Desempenho da estatal, Nilton Maia, disse que a companhia é vítima do processo de corrupção que veio à tona com a Operação Lava Jato. “A Petrobras é vista pelas autoridades como vítima nesse processo. A Petrobras está fazendo todos os esforços para reaver os valores de corrupção”, declarou aos parlamentares.

Maia afirmou que nenhum mecanismo de controle interno da empresa foi capaz de detectar o esquema de corrupção e lembrou que só a Polícia Federal conseguiu fazer essa investigação. “A corrupção não foi pega por nenhuma instituição interna da Petrobras, ela foi pega pela Polícia Federal. Essa corrupção só pode ser detectada de forma clara e precisa através de uma delação premiada. Sem a delação, não teríamos chegado aqui. A corrupção é muito complexa”, observou.

O gerente é funcionário da estatal há 30 anos e comanda o setor há 12 anos. Ele foi convocado após audiência pública na comissão no dia 28 de abril, onde o hoje gerente de Informação Técnica e Propriedade Intelectual da Petrobras, Fernando de Castro Sá, disse que havia ingerência da entidade que reúne empreiteiras na área de orientação contratual da empresa. Sá revelou que reclamava da situação desde 2005 e que sofria pressão de Maia para apoiar pareceres.

Nesta tarde, Maia negou interferência da Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi) nos contratos da companhia e que o afastamento de Sá da gerência jurídica se deu por problemas comportamentais.

Os membros da CPI ouvem agora o depoimento de Sérgio Martins Bezerra, ex-diretor Corporativo das Empresas do Comperj.

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