O ministro da Defesa, Jaques Wagner, afirmou nesta quarta-feira, 10, durante evento em Brasília que o sistema de controle da administração pública do Brasil está ultrapassado. “O método não está sendo eficiente. O sistema não é bom.” O ministro afirmou que a fiscalização de possíveis incoerências deve ser feita de forma mais severa. “A punição também deve ser mais severa”, ressaltou Wagner.
Wagner afirmou que a resolução desse problema da administração pública é um desafio. “Isso é um desafio para a Ordem dos Advogados do Brasil, do Tribunal de Contas da União, por exemplo”. O ministro afirmou que o desafio cabe a todos que querem uma administração federal mais eficiente. “Eu sou contra o processo do liberou geral”, se referindo à corrupção pública.
Sobre a reforma política, Wagner falou que os partidos têm que tomar posição sobre a questão. O ministro citou o tempo de televisão, que funciona como moeda de troca durante as campanhas eleitorais. “As coligações proporcionais, infelizmente, foram mantidas pelo Congresso e eu considero isso um estelionato eleitoral”, afirmou. O dirigente da defesa reiterou sua posição sobre o financiamento público e privado de campanha. “Sai muito mais barato para a sociedade se a gente descobrir os custos da democracia”, reiterou.
Durante sua fala, o ministro também reiterou que há uma confusão entre as faces políticas do governo e as ferramentas de gestão. “Ferramentas de gestão têm que ser usadas e fazer concessão é um exemplo”, ressaltou o ministro.