Integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) foram motivo de disputa entre governo e oposição depois que deputados pró-impeachment deram crachás para Kim Kataguiri, Renan Santos e Rubens Nunes, líderes do grupo, conforme mostrou reportagem do Broadcast (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado) e do jornal O Estado de S. Paulo. A confusão começou depois que a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) viu os jovens e começou a fazer imagens deles.
A presença do grupo seria irregular em decorrência das limitações impostas pela Câmara para acesso às instalações da Casa. O grupo teria ganhado crachás de autoridades, de cor cinza, e que normalmente são usados por ministros e outras autoridades quando em vista à Câmara.
A situação levou a um bate-boca entre os integrantes do MBL e parlamentares no corredor das Comissões, no anexo II da Câmara. A Polícia Legislativa teve de intervir e levou os três visitantes para o Departamento de Polícia Legislativa.
O deputado Pauderney Avelino (DEM-AM) acompanhou os integrantes do MBL e depois de alguns minutos eles foram liberados para voltar ao Salão Verde. “Eles receberam um crachá para circular aqui e os petistas estão incomodados”, disse o parlamentar. “Eu nem sei qual é o tipo de crachá que ele tem, fui pego de surpresa. O presidente da mesa autorizou a liberação dos crachás. Não sei se a liberação foi feita só para eles ou para quem mais foi”, afirmou.
Com forte esquema de segurança organizado pela Câmara desde o início da semana, o acesso ao Congresso Nacional está restrito. Só podem entrar na instituição servidores, parlamentares e funcionários da imprensa que possuem credenciais especiais. Cada uma das 25 lideranças partidárias recebeu somente três crachás para distribuir entre os funcionários.