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Com metade dos votos declarados, governistas demonstram desânimo

Com pouco mais da metade dos votos declarados na sessão que decide sobre a autorização do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, governistas em plenário já demonstram desânimo. Em número menor, aqueles que estão declaradamente ao lado da presidente agora estão sentados e em silêncio. A cena contrasta com a efusão do grupo pró-impeachment.

Alguns deputados mais animados, como Paulo Pimenta (PT-RS) e Maria do Rosário (PT-RS), que acompanhavam os votantes em pé e próximo ao único microfone usado para declarar o voto, também já demonstram menos entusiasmo. São poucos os que usam alegorias em cor vermelha, sinalizando apoio à presidente, e reagem apenas com poucas palmas aos votos contrários ao impeachment.

Os votos do Estado de Goiás, do Distrito Federal e São Paulo abriram vantagem para os pró-impeachment, estagnando os votos do governo na casa dos 50, o que fez com que os governistas ficassem em silêncio. Entretanto, os deputados da região Nordeste ainda não haviam começado a votar. O governistas esperam alcançar mais votos com a apuração de Ceará e Bahia.

Já enfrentando algumas traições, alguns deputados que representam o governo estão receosos se será possível alcançar os 172 votos para barrar o impeachment. Outra desvantagem é no número de ausentes. O governo contava com pelo menos 20 ausentes, o que favoreceria a ala contra o afastamento da presidente. No momento, entretanto, apenas dois deputados constam como ausentes no plenário.

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