A percepção dos consumidores sobre a situação atual da economia é a pior desde setembro de 2005, quando teve início a série da Sondagem do Consumidor, apurada pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Ao todo, 82,7% das famílias apontam que a situação da economia é ruim. Outros 12,2% acham que o momento é “normal”, o nível mais baixo da última década, apontou a instituição.
O indicador que mede a percepção sobre a situação atual da economia segue uma tendência de queda desde o ano passado, que se aprofundou em 2015. Depois de uma leve alta em maio, o índice voltou a mergulhar nos últimos dois meses. Só em julho, o recuo foi de 10,8% em relação ao mês anterior. Apenas 5,1% dos consumidores avaliam que a situação está boa.
Diante do quadro atual, os consumidores não veem motivos para ir às compras. A intenção de consumo de bens duráveis caiu 3,5%, para 69,7 pontos. Trata-se do menor nível desde outubro de 2005, quando estava em 68,4 pontos. O quesito foi o que mais pesou para a queda nas expectativas em julho.
Segundo a FGV, a proporção de consumidores que projetam maiores gastos passou de 13,3% para 13,2% na passagem do mês. Já a parcela dos que preveem diminuir os gastos subiu de 41,1% para 43,5% em julho.
Neste mês, a confiança do consumidor recuou 2,3%, na série com ajuste sazonal, com deterioração tanto nas avaliações sobre a situação atual quanto nas expectativas. Diante do resultado, a confiança fechou o mês em 82,0 pontos, também o menor nível da série histórica.