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Peemedebista diz que Eduardo Paes poder perder apoio do PMDB em 2018

Um dos comandantes do movimento que destituiu Leonardo Picciani (RJ) e indicou Leonardo Quintão (MG) à liderança do PMDB na Câmara, o deputado Osmar Terra (RS) reagiu nesta terça-feira, 15, às críticas do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), à articulação da ala do partido para derrubar o parlamentar carioca. Para Terra, se Paes continuar interferindo nas decisões da bancada federal, acabará perdendo apoio da maioria dos integrantes da legenda para se candidatar à Presidência da República em 2018.

Picciani foi destituído do cargo na semana passada, após Terra e outros deputados da ala pró-impeachment apresentarem lista com assinaturas de 35 dos 66 deputados do PMDB pedindo a indicação de Quintão ao posto. O movimento para destituição começou após o ex-líder se negar a indicar parlamentares da ala contrária ao governo para algumas das oito vagas que o partido tem direito na comissão especial que dará parecer sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Nessa segunda, 14, o prefeito do Rio afirmou que a destituição de Picciani foi realizada “meio na mão grande” e representou uma “violência” ao parlamentar carioca. “Quem é Eduardo Paes para vir se meter na bancada federal. Ele que cuide da cidade do Rio de Janeiro”, afirmou Osmar Terra. “Ele acha que vai se eleger à Presidência da República só com apoio da bancada do Rio? Se continuar desse jeito não vai ter apoio de ninguém”, acrescentou.

Restituição

Terra voltou a criticar a articulação da bancada do PMDB do Rio e do Palácio do Planalto para restituir Picciani na liderança do partido na Câmara. Nessa segunda, 14, o ex-líder afirmou ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, que, até o fim desta semana, deve apresentar lista com assinaturas suficientes para voltar ao cargo. Para Osmar Terra, dificilmente Picciani conseguirá esse objetivo. “Ele só consegue se trouxer uma legião estrangeira de deputados de outros partidos para o PMDB, mas que a Executiva Nacional não vai deixar”, disse.

Nessa segunda, deputados da ala do PMDB que articularam a indicação de Quintão deram um ultimato à bancada do Rio e ao Planalto, para que parem as articulações para trazer Picciani de volta. Esses parlamentares anunciaram que pelo menos 10 dos 27 diretórios estaduais do PMDB já assinaram documento pedindo a antecipação da convenção nacional do partido, prevista para março. No evento, a sigla pode aprovar o desembarque do governo Dilma Rousseff.

Segundo Terra , já assinaram o documento os presidentes dos diretórios do PMDB de Bahia, Pernambuco, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Espírito Santo, Acre e Tocantins. O número de apoios já é maior do que as 9 assinaturas mínimas necessárias. Apesar de já terem número de assinaturas suficientes, o documento só será apresentado à direção nacional do PMDB “quando for conveniente”, diz o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA).

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