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Picciani protocola lista de apoio para retomar liderança do PMDB na Câmara

Com o apoio de parlamentares que reassumiram seus mandatos nesta quinta-feira, 17, o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) protocolou pela manhã uma lista com 36 assinaturas favoráveis à sua recondução à liderança da bancada do partido na Câmara dos Deputados. Picciani precisa apenas da conferência das assinaturas pela Secretaria da Casa para reassumir a posição ocupada atualmente por Leonardo Quintão (PMDB-MG).

Com a presença de Marco Antonio Cabral, filho do ex-governador Sérgio Cabral, e de Pedro Paulo Carvalho, secretários dos governos estadual e municipal do Rio de Janeiro que reassumiram seus mandatos para garantir a retomada da liderança, a bancada atingiu 69 parlamentares. Segundo Picciani, os parlamentares que vieram nesta quinta representam a posição do diretório estadual do Rio.

Picciani adotou um discurso de reconciliação e união dos peemedebistas. “Não há nenhum sentimento de revanchismo, de disputa. Nós queremos unificar a nossa bancada no que for possível, queremos buscar o máximo de convergência”, comentou.

Ele criticou o uso de lista para mudança de liderança e disse esperar que sua recondução finde “medidas cartoriais” no partido. “Fui vítima de um instrumento de força, de um instrumento que é ruim para o partido, que é o uso de lista porque constrange os deputados”, concluiu. O peemedebista disse que foi obrigado a recorrer a lista por ser a única forma de voltar a ser líder.

Picciani considera que seu retorno restaura uma posição ao qual ele foi eleito em fevereiro deste ano. O deputado acredita que o racha na bancada se deu por causa do momento tenso que o País vive. “É preciso que todos recolham suas armas e busquem dialogar para que o PMDB ajude o País a sair dessa situação”, frisou.

O líder ressaltou que continuará dialogando com a presidente Dilma Rousseff porque a falta de interlocução com o governo era uma das críticas dos peemedebistas. Ele reiterou que tem uma posição pessoal contra o pedido de impeachment da presidente, mas que respeitará as posições pessoais e que não vai impor sua opinião à bancada, e sim buscará o convencimento político dos peemedebistas. “Ninguém é dono do voto de ninguém na bancada”, declarou.

Sobre uma reaproximação com o vice-presidente e líder nacional do PMDB, Michel Temer, Picciani disse que vai telefonar para ele a fim de comunicar sobre a decisão da bancada de restituí-lo à liderança e que se colocará à disposição para trabalhar pela unidade do partido. “Fui envolvido numa falsa polêmica. Eu não fiz nenhuma crítica ao presidente Temer. Tenho grande apreço, é a principal liderança de nosso partido. Portanto buscarei o diálogo com ele e com as demais lideranças do partido”, afirmou.

Assinaturas

A Secretaria-Geral da Mesa Diretora está questionando pelo duas das 36 assinaturas apresentadas por Picciani, para tentar se reconduzir à liderança do PMDB na Casa.

A Mesa alega que as assinaturas dos deputados Vitor Valim (PMDB-CE) e Jessica Alves (PMDB-AC) em apoio a Picciani não são válidas, pois eles também assinaram a lista de 35 apoiamentos que instituiu Leonardo Quintão (MG) no cargo, apresentada na semana passada.

Segundo o deputado Hildo Rocha (PMDB-MA), a Mesa não está considerando ofício em que Valim pede a retirada do apoio dele a Quintão. No caso de Jéssica, a secretaria exige que a deputada venha à Casa para retirar o apoio a Quintão para que a assinatura em apoio a Picciani seja validada.

Picciani, deputados aliados ao peemedebista e assessores estão dentro da sala do secretário-geral da Mesa Diretora tentando resolver o impasse.

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